sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Pink Shirt Day 2011 - Campanha Anti-Bullying


No dia 23 de Fevereiro, será comemorado por aqui o "Pink Shirt Day": Dia Nacional Anti-Bullying. Embora a ideia tenha surgido em uma pequena cidade no leste do Canadá, o conceito se espalhou pela América do Norte e ao redor do globo.

Tudo começou quando um menino ao vestir uma camiseta na cor rosa, foi intimidado por alguns colegas, sendo chamado de homossexual e ameaçado por usar rosa. Duas crianças ao observar a cena, tomaram a iniciativa de ir a uma loja nas proximidades da escola e compraram 50 camisetas na cor rosa. No dia seguinte foram vestidos de rosa e entregaram as demais camisetas aos colegas. Muitos alunos naquele dia ficaram usando rosa.
Usar a cor rosa, foi uma linda atitude das duas crianças em apoio ao colega que sofreu bullying. A ideia tomou força na escola e, nos demais dias, centenas de estudantes apareceram com roupas na cor rosa. O "valentões" que xingaram o menino, não se atreveram a repetir a atitude. Na verdade, eles é que ficaram constrangidos.

No dia 14 de Abril do ano de 2010, a Província de British Columbia, através do Primeiro Ministro, proclamou o dia 23 de fevereiro (data em que ocorreu o evento) como: "Pink Shirt Anti-Bullying Day!"

No dia 23 deste mês, na escola do meu filho, todos usarão uma camiseta rosa. E a campanha não pára por ai: Nos shoppings, lojas, nas ruas e demais instituições por toda a cidade de Vancouver, podemos ver  faixas, placas, vendas de camisetas a baixo custo e balcões de informações sobre bullying. 

Um fato interessante: Quando matriculamos o nosso filho na escola, fomos orientados sobre o bullying e suas práticas. A diretora nos disse a seguinte frase: "Temos tolerância zero com a prática do bullying. Se o seu filho sofrer algum tipo de bullying nos avise imediatamente!"

Realmente desejo que todas as escolas, principalmente no Brasil, possam ter o mesmo nível de conscientização em relação a esta prática tão danosa às nossas crianças e adolescentes.


Você pode ler mais sobre Bullying em outros textos neste Blog:
http://lila-conversandocomospais.blogspot.com/2010/11/bullying-atraves-da-internet.html
http://lila-conversandocomospais.blogspot.com/2010/05/bullying-e-preciso-levar-serio.html
http://lila-conversandocomospais.blogspot.com/2009/08/cuidado-seu-filho-pode-ser-vitima-de.html

Linda iniciativa destas crianças e maravilhoso apoio das instituições.
Abraços,

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Transtorno da Ansiedade na Infância

Li recentemente este livro e achei muito interessante para nós pais. Ele fala sobre o transtorno da ansiedade sofrido na infância. Hoje em dia, este transtorno é mais comum do que pensamos.

O livro cita vários exemplos de crianças ansiosas, como:
"A menina Talia tem apenas 9 anos, é cheia de amigas e adora ouvir rock, mas ela morre de medo de água, tanto que evita festinhas à beira da piscina. Outro garoto, George, tem 12 anos e se sente muito sozinho. Apesar de conversar com os pais, não consegue socializar com mais ninguém e isso tem preocupado sua família. Laís, de 7 anos não consegue viver mais longe de sua mãe e nem aceita mais dormir na casa do pai (eles se separaram). Já Caio, de 10 anos, se preocupa com tudo e vive com medo, e sempre que encosta em um objeto que pode lhe transmitir germes, corre para o banheiro para lavar as mãos intensamente."

Todos esses casos e sintomas são exemplos de ansiedade exagerada. A ansiedade é algo normal e faz parte da vida de todas as crianças e, como visto, ela pode assumir diversas formas. O grande problema, contudo, é quando o transtorno atrapalha a vida da criança a ponto de isolá-la do mundo por conta de sua fobia. Em alguns casos, a ansiedade na infância pode marcar o início de uma vida de angústias e tormentos que, nos casos mais graves pode levar a problemas mais sérios na fase adulta.
Precisamos conhecer mais sobre o tema para que possamos ajudar aos nossos filhos que, dependendo do caso, devem também contar com o auxílio de um profissional.

Aqui, coloco um trecho de um capítulo do livro que achei interessante:

Como a Ansiedade Infantil se manifesta?

"Todo mundo é único e não há duas crianças ansiosas que se comportem exatamente da mesma maneira. Existem, porém, amplas semelhanças que podemos descrever.

Quando sente ansiedade, a criança geralmente percebe três efeitos diferentes. Em primeiro lugar, a ansiedade é vivida em seus processos mentais e pensamentos. A criança ansiosa terá pensamentos que giram em torno de algum tipo de perigo ou ameaça: podem viver com medo de se machucar, de que alguém próximo a elas se machuque ou de ser motivo de risos. Em segundo lugar, a ansiedade é experimentada em um plano físico, em seu corpo.

Quando uma criança se torna ansiosa, seu corpo se torna mais empertigado, mais alerta. Os pesquisadores frequentemente se referem a esse fenômeno como resposta

"luta ou fuga", porque ele serve para proteger a pessoa, preparando-a para lutar ou fugir do perigo em potencial. A reação de luta ou fuga envolve mudanças tais como aumento da frequência cardíaca, respiração, transpiração e náusea.

Por conseguinte, quando apreensiva, a criança ansiosa pode queixar-se de dor de estômago, de dor de cabeça, pode vomitar, ter diarreia ou fadiga. Em terceiro lugar, e provavelmente o mais importante, a ansiedade afeta o comportamento da criança. Em situações que a deixam ansiosa, ela pode ficar nervosa, sentir as pernas bambas, chorar, agarrar-se a adultos ou ficar trêmula.

Não podemos deixar de mencionar que a ansiedade quase sempre envolve algum tipo de fuga. Pode tratar-se de uma fuga óbvia (recusar-se a levar o lixo para fora de casa quando está escuro, por exemplo), assim como pode envolver manifestações mais sutis (ficar cuidando o tempo todo da música, em uma festa, para não ter de conversar com ninguém, por exemplo).

O grau de ansiedade varia muito de uma para outra criança. Certas crianças têm medo apenas de uma ou duas coisas. Pode ser, por exemplo, que uma criança seja habitualmente segura e extrovertida, mas tenha medo de dormir de luz apagada. Na outra ponta do espectro, algumas crianças podem afligir-se com muitas áreas da vida e parecer sempre nervosas e sensíveis. Pode acontecer, por exemplo, de a criança ficar muito apreensiva diante de qualquer situação nova, ter medo de conhecer outras crianças, ter medo de cachorros, de aranhas e do escuro, ou ficar muito intranquila quando os pais saem à noite."

Fica aqui a sugestão para leitura.
Boa semana!