sexta-feira, 31 de julho de 2009

Abuso e constrangimento de criança na TV

Já é do conhecimento de muitos que praticar violência contra uma criança é crime, mas poucos levam a sério o assunto. Existe uma legislação específica para proteger crianças e adolescentes: Art. 18. "É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor" - Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei Nº 8.069, de 13 de Julho de 1990. Ela determina punições e no Brasil é caso de polícia. Por isso, não deixe de denunciar!
As crianças e adolescentes vem sendo desrespeitados e abusados de maneiras diversas. São desconsiderados os seus sentimentos e, em alguns casos, são usados para risos e brincadeiras. O vídeo abaixo e um bom exemplo de abuso e insensibilidade. Nele o apresentador Silvio Santos, humilhou a infância de Maísa, sua funcionária de apenas sete anos, que deixou o palco em prantos e gritos. Todos riram e não demonstram nenhum respeito para com a menina. O resultado disso? foi aberto um processo administrativo para apurar se o SBT abusou moralmente de sua apresentadora Maísa. O processo está sendo conduzido pelo ministério das comunicações e avaliará dois programas veiculados pela emissora em maio. Vamos aguarda o resultado da apuração e espero sinceramente que o Conselho Tutelar não permita que esse episódio passe em branco.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Campanha: Proteja as nossas crianças

A dor, o abuso e o abandono sofridos quando criança, deixam marcas para sempre.

Fonte: Vodpod vídeos

terça-feira, 14 de julho de 2009

4 Passos para protejer seus filhos do abuso sexual.

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Quando a família adoece.


Viver em um contexto familiar é fundamental para o desenvolvimento do ser humano. É na família que vamos aprender nossos primeiros conceitos sobre a vida, relacionamentos, educação, etc. Estes conceitos podem ser positivos ou negativos, o que os determina é a estrutura familiar em que estamos vivendo. Famílias saudáveis (onde existe amor, respeito e cuidado entre seus membros) geram aprendizados positivos. Famílias doentes (onde existe desrespeito, maus tratos e abuso entre seus membros) geram aprendizados negativos.

O principio familiar positivo parece fácil de seguir, mas na prática a teoria é outra - diz o dito popular. O dia a dia nos rouba esse conceito tão romântico sobre família, pois vivemos em um contexto onde estamos sempre pensando no amanhã, muitas vezes é como se o dia de hoje não existisse, o momento atual não fosse importante. Almoçamos pensando no que iremos fazer após o almoço, vamos ao cinema e já temos planos para o momento seguinte, trabalhamos hoje pensando no mês que vem e assim por diante. De fato nunca dedicamos tempo real para cuidar de nós e dos que amamos.

A vida é tomada por diversas atividades que muitas vezes não conseguimos cumprir. Estamos sempre querendo mais e mais coisas materiais e nos enchemos de objetivos fúteis e esquecemos que a simplicidade é o caminho da serenidade. O que acontece é que não conseguimos ser serenos, conseguimos ser ansiosos, preocupados com o futuro e desconectados do nosso presente. Deixamos de viver o aqui e agora para viver o amanhã e podemos não perceber, mas passamos esse comportamento adiante para os nossos filhos.

Esquecemos de olhar para nós mesmos, de nos cuidar, de parar e perceber o que nos incomoda. Esquecemos de nos perguntar o que realmente nos faz felizes. Se estivermos infelizes, como podemos gerar felicidade ao nosso redor? Se estivermos ansiosos demais, como podemos promover a tranqüilidade, o bom senso e a quietude para os que estão conosco?

Preocupamos-nos com dinheiro, tecnologia, carreira, sucesso e menos com as relações, principalmente a relação com a nossa família. Podemos até argumentar: Ora, mas eu trabalho para dar um conforto aos meus familiares, uma melhor educação aos meus filhos. Só que cuidar e educar vai além do material. Qualidade de vida está nas boas relações e não nas boas aquisições.

Cada vez mais as crianças e adolescentes estão desenvolvendo doenças ditas de adultos, como: depressão, ansiedade, estresse, síndrome do pânico, etc. É claro que tendemos a nos perguntar: O que está acontecendo com os nossos filhos? O que acontece com as crianças e jovens da atualidade? Bem, existe uma realidade a nossa volta. O mundo está mais acelerado, a cada dia deixamos de nos contentar com o pouco, até mesmo porque o desenvolvimento está indo além do que conseguimos acompanhar e muitas vezes nos sentimos ficando para trás e precisamos correr. Mas correr para quê? Esta é uma boa pergunta para fazer. Por que temos tanta pressa? Por que precisamos estar sempre em movimento e ocupados? Por que sentar e brincar com os nossos filhos, assistir a um filme com quem amamos ou mesmo jogar conversa fora é considerado perda de tempo pela maioria? As coisas simples da vida estão perdendo o seu valor e nos perdemos na complexidade. Com isso, nós e nossa família adoecemos, sofremos e geramos sofrimento.

Não é raro escutar de crianças e adolescentes o quanto sentem falta dos pais, de como queriam que eles tivessem mais tempo e de como desejam pais mais tranqüilos e equilibrados.

Certo dia, escutei um relato emocionado de uma adolescente sobre seus pais: “Eu quase não os vejo. Quando acordo para ir ao colégio, eles ainda estão dormindo, volto para almoçar e eles já almoçaram e estão dando um cochilo, à tarde vou para o curso e eles já estão no trabalho, à noite voltam muito tarde e estão cansados demais para ficarmos juntos e é assim dia após dia. Acho que nem estamos mais acostumados a ficar juntos, pois quando raramente isso acontecesse, sempre brigamos...” Creio que essa família se perdeu em meio a tantas coisas para fazer e tão pouco tempo entre eles. O resultado disso pode ser bombástico: pais cansados, estressados, ansiosos, deprimidos e filhos revoltados, tristes, desamparados e ansiosos por um acolhimento.

Um estudo recente sobre o impacto dos transtornos ansiosos dos adultos na vida dos seus filhos mostra a importância de um olhar atento aos membros mais novos da família. A pesquisa mostra que filhos de adultos ansiosos, têm uma probabilidade maior de sofrer também de ansiedade.
É urgente pararmos e pensarmos na vida que vivemos. Por isso, lanço uma proposta para reflexões constantes: A sua vida está do jeito que você gostaria que estivesse? As suas relações estão satisfatórias e saudáveis? Se hoje fosse o seu último dia de vida, como você gostaria que ele fosse? Esta última é pesada eu sei, mas é necessária, até mesmo porque vivemos acreditando que temos a eternidade e por isso estamos sempre pensando no futuro e deixando de viver e aproveitar o presente. Lembre-se: A vida é feita de momentos, um depois do outro. Nenhum se repete, todos são únicos, por isso aproveite bem cada um deles. Torne-se saudável!

domingo, 5 de julho de 2009

Quando os filhos mandam nos pais


Você já assistiu ao filme “A Fantástica Fábrica de Chocolate?”. Nele encontramos alguns perfis infantis interessantes: O garoto guloso, a garota extremamente competitiva, que não suporta a ideia de perder; o garoto hacker que se julga mais esperto que a maioria; o garoto pobre de ótima formação moral e a menina rica, mimada e mandona. Bem, é para esta última que eu quero chamar a atenção. Ela é um ótimo exemplo de filhos que mandam nos pais: sem limites, cheios de vontade, indisciplinados, desrespeitosos e egoístas.

Tem uma cena ótima no filme, onde esta criança quer algo é diz com voz imperativa ao pai: “Pai, eu quero isso agora!”, o pai por sua vez, já nervoso pela impaciência da filha, imediatamente vai realizar o desejo dela.

Podemos nos perguntar: Como uma criança pequena, fofinha e ingénua se torna um tirano? A receita é simples: - Realize todos os seus desejos, - Não ensine o respeito ao próximo, - Deixe que ela pense que o mundo gira ao seu redor, - Faça tudo no lugar dela e por ela, - Diga sempre sim, - A sua palavra (dos pais) é a última que conta, dentre outras coisinhas mais...

As crianças que mandam nos pais, geralmente são um reflexo de um modelo familiar onde os pais giram em volta dos filhos. Não falo de pais amáveis, carinhosos ou dedicados, falos dos pais que não sabem diferenciar amor de educação. Como diz o titulo do livro do Pedagogo Içami Tiba: “Quem ama, educa!” Essa é uma verdade no contexto da educação de filhos - sem educação, o amor torna-se destrutivo na vida de uma criança.

Muitos pais não conseguem estabelecer limites saudáveis para seus filhos, pois são frutos de uma educação marcada pela austeridade e pelo autoritarismo. Pensam que se permitirem tudo aos filhos, estarão estabelecendo uma relação afetuosa. Mas esquecem de uma coisa, que a permissividade, a incapacidade para dizer não ou os sentimentos de culpa associados a não definição de limites, são tão ou mais nocivos do que o autoritarismo, pois uma criança que cresce sem limites não tolera a espera, é incapaz de adiar a satisfação, não gosta de se sentir frustrada e não entende porque as coisas não estão funcionando como desejam. É muito provável que estas crianças tenham implicações severas para a sua socialização. Mesmo porque outros adultos e crianças com quem conviverá a partir do momento em que estiverem na escola, não estarão a altura das suas expectativas ou dos padrões a que está habituada. Por exemplo: Em casa, o pai é capaz de não assistir ao seu jornal predileto, porque o filho quer que ele brinque de futebol pela 100.ª vez.

A dificuldade em dizer não e estabelecer limites, muitas vezes estão diretamente relacionados ao sentimento de culpa. Pais que passam o dia todo fora para trabalhar, sentem dificuldade em dizer não às vontades dos filhos. Com isso, os desejos das crianças transformam-se facilmente em leis a que os adultos da casa se submetem praticamente sem contestar.
Então o que devemos fazer é dizer sempre não aos nossos filhos para que eles não se tornem mandões? – É claro que não! O bom senso, com muito amor, paciência, dedicação e uma pitada de disciplina é a receita do sucesso.

É nosso dever educar. É nossa obrigação estabelecer limites saudáveis. É nossa função instruir nossos filhos em um caminho de integridade e humanidade. E a melhor maneira de conseguirmos isso é sendo um modelo a seguir. Caso você diga ao seu filho para não mentir, e, ao tocar o telefone você é o primeiro a dizer: “se for para mim, diga que não estou”, tudo irá por água abaixo...

Espero ter ajudado em algo.
Um abraço,
Lila