quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo!!

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

"Esqueça o livro"


"Se alguém não tiver prazer em ler um livro várias e várias vezes, não há motivos para lê-lo, afinal."
Oscar Wilde

Transformar o mundo numa biblioteca é a ideia do movimento internacional chamado BookCrossing. Este, é o maior clube literário, gratuito e online, do mundo.
A prática de bookcrossing consiste em deixar um livro em um local público para ser pego e lido por outros, que por sua vez repetem esta ação. Antes de ser disponibilizado para outro leitor, cada livro deve ser registrado no site para receber um número de identificação, que deve ser anotado na contracapa. Quem encontra o exemplar, deve também fazer um registro na Internet, com o número anotado, informando assim aos leitores anteriores que o livro está agora em suas mãos. Além de permitir este rastreamento dos livros pelo mundo, o BookCrossing.com, que surgiu em 2001 nos EUA, facilita e estimula a troca gratuita de livros em sua comunidade virtual, presente em mais de 130 países, com cerca de 820 mil membros e 6 milhões de livros cadastrados. No Brasil, há cerca de seis mil usuários.
Vamos participar? 
Eu mesma já aderi a esse hábito, e confesso que tenho achado super interessante. Estou praticando a arte do desapego e só guardo aqueles que eu gosto muito e sei que vou ler outras vezes. Tente e experimente essa experiência incrível!
Abraços,

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Bullying através da internet

Em outros posts, já escrevi sobre o tema Bullying nas Escolas (ver arquivos de agosto de 2009 e maio de 2010). Neste, venho falar sobre outra forma de bullying que a maioria dos pais não conhece:
O “cyberbullying” ou bullying online. Trata-se de uma forma de violência psicológica propagada através da internet.
Sabemos que a internet pode ser uma ferramenta de pesquisa maravilhosa, mas não é tão positiva como algumas pessoas que a usam. Infelizmente o bullying encontrou uma nova casa na internet que permite ao bullies perseguirem as suas vítimas em seus próprios lares.

O que é Cyber Bullying?
Essencialmente Cyber bullying é o mesmo que Bullying, mas ele pode ocorrer via telefone, e-mail ou sites de conversação. Por esses meios, os valentões provocam, insultam e ameaçam as suas vítimas. O Cyber bullying pode ser tão simples como uma brincadeira ou grave como ameaças. É muito comum vermos postagens embaraçosas como fotos, boatos e provocações. Este tipo de bullying provoca um impacto maior do que os ocorridos dentro das escolas, pois a vítima não pode escapar às provocações mesmo em seu próprio quarto.

Seu filho está sendo intimidado?
As crianças e adolescentes vitimas de bullying online geralmente não contam para ninguém. É um sofrimento silencioso que precisa de atenção e solução imediata. Então, como podemos saber se o nosso filho está sendo vítima de cyberbullying?

Esta lista de verificação de sintomas pode ajudar
- O seu filho parece relutante em usar o computador ou verificar suas mensagens?
- Parece nervoso ou ansioso quando verifica e-mails ou mensagens de telefone?
- Parece infeliz, depois de ter usado o computador ou o telefone?
- Eles estão tendo problemas para dormir ou vem tendo pesadelos?
- É um sofrimento ir para a escola?
- Eles estão evitando socialização com os amigos fora da escola?

A sua criança está praticando o cyberbullying?
Todos os pais odeiam pensar que seu filho pode estar sendo intimidado, mas também é difícil reconhecer um comportamento de bullying nos próprios filhos. Se o seu filho é um bully do cyber você precisa primeiramente admitir esta possibilidade para poder ajudá-lo.

Como você pode identificar e combater este tipo de comportamento do seu filho?
Primeiro passo é observar o comportamento dele e o mundo que o cerca. A maioria dos praticantes de Cyberbullying tem várias contas de e-mail e podem ter mais de um celular. Os e-mails e telefones serão ambos registrados em nomes de outras pessoas. O Cyber bullie vai usar o computador com freqüência, e geralmente exibe entusiasmo pelo que está fazendo online. Se você passa pelo seu filho enquanto ele está no computador e este tenta esconder o que está fazendo trocando de tela ou minimizando o seu navegador de internet, então eles estão escondendo algo de você. A maioria dos bullies Cyber vão ser evasivos sobre o que estão fazendo na net. Uma proposta de solução para identificação do que está acontecendo quando você vira as costas, é instalar um software que monitora o uso do seu filho na internet. Consulte um técnico para isso. Atenção, para alguns só o fato de estarem sendo monitorados já inibe este tipo de comportamento, para outros pode apenas empurrar o comportamento para fora de casa ou para um telefone secreto sobre os quais você tem menos acesso e controle.

Se você acredita que seu filho é praticante de cyberbullying é sua responsabilidade ajudá-lo a sair disso e a resolver o seu problema de comportamento. Cyber bullying pode ter consequências extremas que provavelmente ele (a) não pensou. Torne-o consciente de seus atos e do impacto de suas ações para si e para o outro. Pesquisas no mundo inteiro mostram que muitas vítimas de cyberbullying desenvolvem algum tipo de transtorno emocional e muitas vezes podem vir a cometer suicídio.

Vocês já ouviram falar do Formspring? Caso não, fiquem atentos a esse tipo de rede social bastante nova, mas muito utilizada por adolescentes no mundo inteiro. Este site permite aos usuários uma interação anônima. Todos podem enviar perguntas, comentários e ameaças para quem está cadastrado na rede. O site tornou-se um parque de diversão para o cyber bullie. É uma combinação perigosa entre anonimato e hostilidade.

Muitos pais optam que seus filhos não tenham acesso à internet na privacidade do seu quarto, já que isso impede a monitorização. Mas também não adianta “cortar o mal pela raiz”, impedindo que os filhos tenham acesso à Internet. Esta medida pode, inclusive, ser contraproducente, já que potencia o conflito entre pais e filhos.

A grande maioria das crianças e adolescentes tem hoje um contacto regular com a Internet. Para muitos desses jovens, este meio de comunicação é imprescindível. Para muitos, quase não dá para viver sem o computador. Há 20 ou 30 anos atrás os jovens “lutavam” para poder ir à casa dos amigos ou ficarem horas ao telefone, hoje é a Internet que potencia o contacto entre amigos e colegas de escola. O que precisamos fazer é cuidar para que o uso da internet traga benefício aos nossos filhos e não problemas.
Abraços,

sábado, 13 de novembro de 2010

Algumas coisas custam mais do que você imagina!

Dados recentes, divulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), revelam que 250 milhões de crianças entre cinco e catorze anos trabalham em todo o mundo, sendo 120 milhões em período integral. O Brasil está entre os países com altos índices de trabalho infantil. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), em 1993, trabalhavam no país 4.547.944 crianças brasileiras de cinco a catorze anos. Destas, 40% se encontravam nas cidades desenvolvendo trabalho tipicamente urbano. O DIEESE coordenou uma pesquisa em seis capitais com o objetivo de conhecer, analisar e discutir esse trabalho e, com isso, subsidiar propostas para sua erradicação. A pesquisa foi encomendada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), no âmbito do Programa Internacional para Erradicação do Trabalho Infantil (IPEC), da OIT.
Embora os grandes números de trabalho infantil encontrem-se na Ásia, África e América Latina, os países desenvolvidos não são imunes ao problema.

O trabalho infantil não é um fenômeno moderno, acontece há muito tempo. A esperança vem de uma boa noticia: recentemente havia uma tendência da extinção da exploração damão de obra infantil, mas acredito que isso ainda está longe de acontecer. É preciso muita mudança de comportamento e consciência.

Sabemos que a mão de obra infantil (que é absurdamente cruel, irritante, maléfica, injusta, ordinária e demais adjetivos negativos que pudermos encontrar e que ajudam a definir a ação) é barata e dificil de controlar. Mas isso não impede que façamos a nossa parte. Consumir com consciência, é uma maneira de diminuir  a produção de muitos produtos e evitar a exploração cada vez maior de crianças inocentes. Produtos baratos demais são um reflexo da exploração de alguém, e este alguém pode ser uma criança. Façamos a nossa parte e evitemos que a boa vida de uns não se realize através do sofrimento de outros.
Seria realmente maravilhoso se todas as crianças no mundo pudessem ter o conforto de um lar, o cuidado de pais amorosos, uma cama quentinha, escola, lazer e alimentação saudável.
O vídeo abaixo mostra a realidade de mundos paralelos que se cruzam no universo infantil.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Autismo e seus sintomas


Existe muita pesquisa sobre o autismo na América do norte e uma delas chamou a minha atenção. Ela fala que nos lugares frios e úmidos existe um maior número de crianças com autismo. A pesquisa tem tentado identificar a real consequência do frio no desenvolvimento psiconeurológico de crianças menores de três anos.

O que é o autismo? É uma alteração no cérebro que compromete o desenvolvimento da criança, afetando a sua capacidade de se comunicar, compreender e falar, assim como o seu convívio social. Os sintomas aparecem antes dos três anos, podendo ser identificado a partir dos 6 meses de vida.

Se o seu filho for diagnosticado com autismo, a intervenção precoce é fundamental para que você possa tirar o máximo proveito de todas as terapias existentes.

Fique atento aos seguintes sintomas que conforme a ASA ( Autism Society of American) aparecem nos primeiros anos de vida da criança.

1. Dificuldade de relacionamento com outras crianças
2. Riso inapropriado
3. Pouco ou nenhum contato visual
4. Não quer ser tocado
5. Isolamento, modos arredios
6. Girar objetos
7. Cheira ou lambe os brinquedos, Inapropriada fixação em objetos
8. Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade
9. Ausência de resposta aos métodos normais de ensino
10. Aparente insensibilidade à dor
11. Acessos de raiva - demonstram extrema aflição sem razão aparente
12. Poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após toca-la de uma determina maneira)
13. Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal)
14. Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina
15. Age como se estivesse surdo
16. Dificuldade de comunicação para expressar necessidades - usa gesticular e apontar no lugar de palavras
17. Não tem real noção do perigo
18. Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos


Visite:

Fontes de apoio: Autism Speaks Canadá e Autism Society of American

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Pais e Filhos: Mundos diferentes, relacionamento possível.



Temos a constante preocupação em educar os nossos filhos. Queremos que eles sejam respeitosos, disciplinados, honestos, etc. Usamos todos os recursos que temos para tornar esta missão mais eficaz. Colocamos em bons colégios, nos preocupamos com a qualidade de lazer e alimentação. Tentamos proporcionar um lar aconchegante. Bem, pelo menos é assim que deveria ser. Porém, esquecemos de algo muito importante e talvez fundamental neste sucesso educacional. Esquecemos que somos diferentes, que temos opiniões, idéias e sentimentos diferentes. Tudo isso, porque pertencemos a outra geração, é claro!

Antes as gerações se distanciavam de dez em dez anos, agora são de cinco em cinco anos. No mundo tudo muda rapidamente, tudo se move e renova como numa dança frenética. Precisamos acompanhar este ritmo. Não falo de nos tornarmos pais modernos a ponto de deixarmos de lado valores importantes, ou de permitir situações que colocam os nossos filhos em risco. Falo de estarmos atentos para as idéias, sentimentos e opiniões deles.

O que acontece no mundo desses pequenos que é novo para nós? Como podemos pensar em educar crianças e jovens sem saber quais são as suas idéias e opiniões a respeito das situações que surgem? Essa nova perspectiva de educação pode nos levar a infinitas possibilidades de diálogos.

Você já conversou com o seu filho hoje? Ou apenas perguntou se ele já fez o dever de casa?
Todo mundo sabe que queremos apenas o melhor para eles. Mas será que realmente sabemos o que é o melhor? Ou pensamos que sabemos? Imagino que o melhor para qualquer família é poder ter espaço para expor e conversar sobre opiniões, vontades, experiências, dúvidas. Ser compreendido e respeitado.

Não vivemos no mesmo mundo dos nossos filhos. Podemos ter passado por situações parecidas, mas cada um tem seu próprio mundo. Nós não vamos para a escola com eles, não convivemos com seus amigos, e não temos acesso aos seus diálogos em grupo.
Então, experimente compartilhar o seu mundo com eles e adentrar a esse universo jovial. Será uma grande experiência!

domingo, 26 de setembro de 2010

O que você faria se alguém batesse nos seus filhos? E se esse alguém fosse você?



(Frases da imagem: "Abuso é Real" - "Essa imagens ofendem você?" - "Você já viu o suficiente?" - "Não há desculpas para o abuso" - "Você vai ajudar?" - "Quantas crianças irão sofrer antes de todos nós fazermos a nossa parte?" - "Você vai fazer de conta que não viu?" - "Por favor ajude!")


Uma história contada pela escritora americana Astrid Lindgren, ilustra de maneira afetiva a irracionalidade do castigo físico e de como ele é visto pelos olhos de uma criança. "Certa vez, uma senhora contou que quando era jovem não acreditava no castigo físico como uma forma adequada de educar uma criança, apesar do pensamento comum da época incentivar o uso de um fino galho de árvore para corrigir a criança. Um dia, o seu filho de 5 anos fez alguma coisa que ela considerou muito errada e, pela primeira vez, sentiu que deveria dar-lhe um castigo físico. Ela disse para ele que fosse até o quintal de sua casa e encontrasse uma varinha de árvore e trouxesse para que ela pudesse aplicar-lhe a punição. O menino ficou um longo tempo fora de casa e quando voltou estava chorando e disse para a mãe: Mãezinha, eu não consegui achar uma varinha, mas achei uma pedra que você pode jogar em mim. Imediatamente a mãe entendeu como a situação é sentido do ponto de vista de uma criança: Se minha mãe quer bater em mim, não faz diferença como e com o quê; ela pode até fazê-lo com uma pedra. A mãe pegou seu filho no colo e ambos choraram abraçados. Ela colocou aquela pedra em sua cozinha para lembrar sempre: Nunca use violência!".

O título deste post é uma tentativa de reflexão para nós pais e cuidadores: Por que ficamos furiosos quando outra pessoa destrata os nossos filhos? E porque não nos importamos quando somos nós mesmos que o fazemos? Por que somos os pais? Essa condição nos dá o direito de abusar de nossos filhos?

Sabemos que a punição física é uma prática "educativa" que sempre foi muito utilizada por pais. Ela começa com a velha e "inocente" palmada e facilmente se tornar um abuso físico. Os pais que batem, acreditam estar corrigindo o comportamento da criança ou adolescente. A grande questão é que bater não educa, apenas gera revolta, medo, tristeza... Como não educa, o comportamento que queríamos "eliminar" nos nossos filhos se repete e, a cada nova tentativa de "educar batendo" você vai precisar agregar mais força, gritos, chantagens, etc para que algo aconteça. Essa é a receita da agressão!

Uma observação importante: No processo de aprendizagem, a repetição é fundamental. Por isso, nossos filhos repetem muitos comportamentos até que eles tenham a certeza de tê-los apreendido.
Exemplo: Uma criança ao beber água, derruba na roupa. Você diz à ela: Tome cuidado ao beber água para não se molhar. Na próxima vez que ela beber água, provavelmente vai se molhar novamente e você precisará repetir a informação. Isso poderá acontecer várias vezes e a cada vez que acontecer você vai precisar dar a mesma informação. Faça isso pacientemente! Não terá nenhum resultado no processo de educação se você gritar ao dizer: "Eu já falei para você tomar cuidado ao beber água e não se molhar, seu idiota!"

Cuidado! Num suposto misto de raiva e ou medo de não ser respeitada e ou desejo de disciplinar, você pode se tornar um(a) abusador(a) de seus próprios filhos.
Não perca o controle com os seus filhos!


 

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

domingo, 5 de setembro de 2010

Uma pausa para a diversão. Que tal tirar fotos?


Crianças e adolescentes adoram diversão e nós adultos adoramos tirar fotos deles, não é? Por isso estou postando algo diferente desta vez, só para descontrair a garotada e dar uma folga para os pais neste feriadão.

Lembram daquelas cabines de tirar fotos automáticas? Bem, criaram uma versão online bem divertida! O site chama La Photo Cabine e para usá-lo basta ter uma webcam e acessar o site http://www.laphotocabine.com/


Você "entra" na cabine, escuta as instruções de uma moça como se fosse em uma cabine de verdade. Ela fala francês, mas é tudo bem fácil de usar.
 Clic na setinha amarela para "entrar" na cabine.

 
Agora é só se posicionar em frente a câmera, acertar o enquadramento, apertar o botão vermelho e pronto! Você irá ouvir quatro "flashes" e logo em seguida suas fotinhos saem pela maquina.
É muito legal! Faça poses a vontade.

Você pode escolher fotos coloridas ou em preto e branco. Pode colocar as fotos todas na vertical ou assim, arrumadas na forma de um retângulo. O meu pequeno achou muito divertido e não queria mais parar...
Boas Fotos! Lila

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Uma história que precisa ter fim

Hoje recebi um triste e-mail de uma amiga que me contava sobre um grave acidente de carro que seu filho mais velho sofreu. Ele está em coma induzido, e ela é claro, desolada! Infelizmente o seu filho é usuário de drogas... Sei de todos os esforços que a minha amiga fez para que ele abandonasse este terrível vício. Desejamos que em breve isso possa acontecer.

Cito a história dela como um exemplo dentre muitos que acontecem em diversas famílias no mundo inteiro. Por isso digo que nunca é cedo ou tarde demais para orientarmos os nossos filhos sobre a vida, e principalmente sobre o uso de drogas...

Ontem, o meu pequeno perguntou sobre o que era o cigarro. A sua pergunta saiu da seguinte maneira: "Mamãe, o que é esse negocinho branco e fino que as pessoas põem na boca e sai fumaça?" 
Atenção! Fiquem atentos para as perguntas que seus filhos fazem e aproveitem elas ao máximo para informar, formar moralmente e educar os seus pequenos. Esses momentos de questionamentos, são verdadeiros sinais de que a criança está preparada para receber a informação. 
Expliquei ao meu filho o que era o cigarro e mostrei fotos na internet. Cada foto foi um questionamento e uma oportunidade para educar. 
Hoje ele estava assistindo TV e passou uma propaganda de cigarro. Ele falou: mamãe, aquele homem está fumando cigarro e vai ficar doente! Essa fala foi a minha certeza de que a nossa conversa teve efeito positivo.

Tem uma maravilhosa história em quadrinho de Maurício de Sousa sobre o uso de drogas. Leia para o seu filho. Acredite, ele lembrará dela na hora em que algo semelhante ocorrer.
Acesse o site para ler a historinha. http://www.monica.com.br/institut/drogas/#top
Bom Proveito!
Lila

sábado, 21 de agosto de 2010

No Parque

A pequena historinha abaixo, mostra com clareza como as crianças lidam com a própria timidez.
"Dia desses eu estava sozinha
Sentada num banquinho
Que só tinha lugar para mim
Ai pensei:
Que tal procurar um outro lugar
com mais espaço
pra outro caber?
Sai voando e encontrei um banco comprido
Tão grandioso que acomodaria uma geração de borboletas!
E não demorou para chegar a companhia
"Gosta de vir ao parque?", perguntou.
"Sim, sim. Aqui tem árvores, sorvete e vento gostoso".
"Eu também adoro o vento! Ele desmancha os cabelos,
mas também faz cafuné."
Quer saber? Agora só procuro sentar
em bancos bem grandões assim".
____________________________
Fotos: Dani Romanesi

Almofadas no Chão

Olá queridos leitores do blog!
Para reativar o blog depois de quatro semanas ausente, escolhi este texto que amo de paixão.
Que ele inspire a pequena criança que existe dentro de cada um de nós.
Com carinho,
Lila
"Você é uma criança e sempre será.
Por mais que os anos lhe pareçam pesos acrescentados à sua bagagem, você nunca esquecerá de uma caixa cheia de brinquedos.
Ainda que sua alegria de hoje não seja a mesma dos anos primeiros, jamais lhe será possível esquecer como era sorrir sem medo de ser feliz.
Mesmo que decepções tenham abalado sua confiança nos semelhantes, vez ou outra você se lembrará de alguém pequenino que há muitos anos lhe deu um beijo todo melado, numa festa de aniversário.
Ainda que muitos amores entrem e saiam de sua vida, as lembranças do primeiro amor em nenhum tempo se apagarão de sua memória.
Depois de alguns fracassos, talvez hoje você creia que é difícil alcançar o sucesso, mas para sempre relembrará o orgulho que sentiu de si mesmo quando recebeu seu primeiro diploma.
Se hoje, pouco ou nada a surpreende, após tantos revezes, por certo nunca esquecerá a surpresa e o prazer que sentiu quando descobriu que Papai Noel era o seu papai.
Embora a solidão tantas vezes a assalte, em certos momentos você lembrará como era bom ficar sozinha, falando com seus amigos invisíveis.
Se hoje, em dias de lazer, em praias ou campos, você se policia todo o tempo para não se sentir ridícula, é bem nesses dias que você recorda como já foi gostoso andar sem vestes, inocentemente, e sem sentir vergonha.
Por mais que o tempo passe, você é uma criança e sempre será.
Agora você está aí, crescida, sofrida, cheia de boas e de más experiências, de vivências que a ajudam a prosseguir, mas lá no fundo - bem no fundo - você sabe que alguém que mais tinha a lhe ensinar era a criança que você mandou ficar quieta, comportada, sentada lá num cantinho, não podendo abrir a boca sem pedir licença.
Seja qual for a sua idade, isso pouco importa à sua criança.
É só chamar e ela se aproximará
Chame-a!
Ria com ela... Brinque com ela...
Ela está louquinha para fazer bagunça e para morrer de rir de você e com você.
Alegre-a! Ela merece! Você merece!
Não se importe com o que os outros possam pensar. Pois eles também são crianças e sempre serão.
Convide-os para um passeio no seu trenzinho elétrico.
Talvez eles se neguem a ir, mas um dia se arrependerão.
Ande sem medo de cair, pois para as crianças, Deus coloca almofadas no chão".
_____________________________
Texto: Silvia Schmidt

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Sobre Meninos e Lobos

"Soldados americanos conversando com crianças afegãs em Maruf-Kariz Distrito de Dand"

"Oito jovens acusados de envolvimento no incêndio a ônibus que matou 14 pessoas no domingo são presos em El Salvador"

"Menino Afegão brincando com uma velha roda. Atrás, um soldado afegão"

"Bombeiro em resgate na região atingida por temporais em Alagoas"

Pego emprestado o título em português do filme de Clint Eastwood (Mistic River) e a história para o título deste post. Lendo o jornal, algumas manchetes e fotos me chamaram a atenção. Jovens violentos, meninos curiosos, soldados, bombeiros. Cada um com uma ação diferente. Uns ajudando, outros provocando dor.

No filme de Clint, a história conta sobre três amigos de infância que voltam a se reunir depois que um deles vive uma tragédia familiar. Tudo começa em um flashback mostrando o trio na adolescência, brincando na rua e escrevendo seus nomes em uma calçada de cimento fresco. Dois homens que se identificam como policiais surpreendem os garotos, repreendem o ato e levam o mais ingênuo do grupo, Boyle. O problema é que ele na verdade é sequestrado e abusado sexualmente pelos farsantes. Um fato que marcará profundamente não só sua vida, mas de todos os três. Trinta anos depois, cada um deles seguiu seu caminho. Boyle agora é um homem casado, mas que não esconde a imagem de um sujeito atormentado pelo passado. Jimmy é um comerciante que tem um histórico criminoso e que tenta levar a vida com a esposa e três filhas. Os dois continuam próximos, ao contrário de Sean, que se afastou e virou policial do departamento de homicídios.
O filme mostra um recorte do que acontece na vida real. Mas, o que determinou o caminho que cada um decidiu seguir? O destino? as suas experiências de vida? os seus traumas? O que torna uns homens diferentes dos outros? Porque alguns jovens se envolvem em ações violentas? É claro que a resposta não é simples, pois envolve muitas questões. Mas vou me deter a educação que damos aos nossos filhos. 

Penso que a educação, a maneira de interagir, os exemplos e ensinamentos sobre amor, solidariedade, compaixão, respeito, afeto, etc que damos aos nossos filhos, ajudam a determinar o caminho que irão seguir no futuro. Então somos responsáveis por quem e pelo que criamos? Sim! O papel de pai e mãe é o mais importante que exercemos na vida. Está em nossas mãos o desenvolvimento de um ser saudável.
Assistindo a um outro filme (Robin Hood) em uma determinada cena um soldado que estava morrendo, pede à Robin que leve a sua espada ao seu pai, pois ele o amava e o considerava demais. Robin diz ao soldado que sabia pouco sobre amor e relacionamento entre pai e filho, pois seu pai o abandonou quando ele tinha 5 anos. A cena deste filme mostra com clareza a realidade do cotidiano de muitas crianças que não aprenderam sobre amor, sobre relacionamento, sobre solidariedade e quando adultos vão reproduzir esse vazio.

Quando vejo cenas como as das fotos acima, me compadeço desses meninos que se tornaram homens com um imenso vazio no peito, vazio que poderia ter sido preenchido com tanta coisa boa e bonita, mas não foi... Rezo para que eles encontrem pelo caminho outros homens bons e que tenham compaixão por eles.

Deixo aqui um pedido para uma reflexão sobre como estamos nos relacionando com os nossos filhos, o que estamos desenvolvendo neles. O que podemos mudar nessa relação e que façamos isso logo.
Com carinho,
Lila

terça-feira, 15 de junho de 2010

Expressando a Raiva

Todos nós já vimos uma criança com raiva. Se você ainda não viu uma, espere até ter um filho... Elas não estão nem um pouco preocupadas em esconder esse sentimento. Quando estão iradas a fisionomia, postura corporal, o tom de voz e os gestos mudam. Aquele anjinho vira uma fera. O primeiro impulso delas é bater, chutar e gritar.

A raiva é importante e natural, mas não podemos permitir que nossos filhos saiam batendo em todo mundo que encontram pela frente em um acesso de raiva. Eles precisam saber diferenciar entre raiva e violência. Violência é a raiva que saiu errado.

Então como podemos ajudar os nossos filhos a estarem confortáveis com esse sentimento?

Costumo dizer que a raiva tem voz e uma razão. Estimule a criança a dizer em voz alta que está com raiva e por que. Ex: “Eu estou com raiva de você porque não me deixou brincar no computador!”. Entender a raiva e um treino e pode levar algum tempo, então tenha paciência e persistência.

Quando as crianças não conseguem dizer o motivo da raiva, você pode dar uma ajudinha. Ex: “Você acha que eu cheguei tarde demais do trabalho hoje? É por isso que está chateado?”

Escute a raiva de seus filhos. Entenda que eles não querem lhe desafiar e nem medir forças, querem apenas ser ouvidos, compreendidos.
Certo dia meu filho ficou muito bravo comigo porque eu não queria deixá-lo fazer algo que me parecia perigoso. Ele muito irritado gritou: “Vou embora dessa casa e não volto mais!” Penso que ele queria me dizer: “Estou com muita raiva de você, principalmente quando não me deixa fazer o que eu quero. Deve ter um lugar melhor para morar” (ou algo assim). Diante daquela fala percebi que precisávamos conversar e deixar algumas coisas esclarecidas. Abaixei-me na altura de seus olhos e lhe disse: “Se você for embora desta casa eu irei junto, pois você é muito importante para mim e vou sentir a sua falta”. Ele me abraçou e chorando disse: “Mas mamãe, você não me deixa brincar”. Conversamos sobre o que aconteceu e naquele momento tudo ficou bem. Mas, não pensem que a cena não se repetiu (Lembram que entender e expressar a raiva é um treino?). Houve outras situações onde ele ficou com raiva e não soube se expressar. Hoje em dia, ele já consegue dizer: “Estou com raiva por (tal motivo)”.

Você é o melhor modelo a seguir para seus filhos, então seja bom nisso. Dê o exemplo! Filhos aprendem melhor sobre a raiva quando tem pais expressivos, muito mais do que com pais sempre contidos. As crianças precisam saber que seus pais são humanos. Quando você estiver com raiva, expresse isso a elas sem insultá-las ou maltratá-las, é claro. Diga as razões da sua raiva e use o tom de voz firme. Ex: “Estou brava com você porque não cumpriu o nosso acordo”. Expressar as nossas emoções de maneira saudável vai nos ajudar a educar os nossos filhos com respeito, empatia e amor.

Abraços,
Lila

Eduque com Respeito

Trabalho na área clínica atendendo pessoas de todas as idades. Adoro estar com elas e poder compartilhar um pouco do íntimo universo de cada um. Sinto-me verdadeiramente honrada!

Aqui confesso a minha paixão pelo trabalho com crianças e adolescentes, em especial com a orientação de pais. Não é um trabalho fácil, como muitos tendem a pensar. É extremamente delicado, pois lido com as crianças/adolescentes (o que é mais simples e deliciosamente gratificante) e com seus pais. É impossível atender esse universo de clientes sem fazer um elo de comunicação com os pais, pois muitas vezes o que os filhos pensam e como se comportam é oriundo dessa relação.

Duas coisas me chamam a atenção no trabalho de orientação de pais: A dificuldade que eles tem em estabelecer limite e educar com firmeza.

Entendo perfeitamente porque os pais estão um pouco perdidos nesse mundo moderno, onde o educar virou um grande dilema. Muitos se perguntam: Faço como os meus pais fizeram? Ou educo da maneira “moderna”. Bem, é aí que todo o problema começa. Não existe a maneira moderna, existe a maneira certa, sempre houve. Os nossos pais estavam tão perdidos quanto nós estamos.

É claro que muito tem se falado sobre a educação de filhos e antigos conceitos foram repaginados e muitos livros editados. Hoje em dia temos mais acesso a informações, ao cuidar de nós mesmos, ao que ler. Mas o que fazer com tudo isso? Como pôr em prática tudo o que ouvimos e lemos?

Num certo dia escutei a queixa de um casal sobre o seu filho de cinco anos: “Não sabemos mais o que fazer. Ele não nos ouve, só faz o que quer” (esta tem sido uma queixa muito comum entre os pais). Quando escuto esse tipo de frase, tenho plena certeza de que os pais estão perdidos. Eles se perderam no “como educar seus filhos”. Quando aprofundo a conversa, surge a frase que já imaginava: “Nós não batemos, mas ele fica de castigo sempre e, muitas vezes perco a paciência e grito. Olha que sempre procuro falar com calma...” Percebem a confusão? Se nós ficamos confusos imaginem os filhos. E eles quando se sentem confusos vão tentar se achar, procurar um porto seguro. Se não é em nós, em quem ou em que será?

Precisamos apreender que para sermos pais amorosos, legais, amigos, cuidadosos e que educam não é, nem de longe, preciso ser permissivo. Nossos filhos precisam de ajuda! Nós devemos direcionar a sua caminhada, guiar os seus passos, amparar e acolher as suas dúvidas. Conseguimos isso quando estamos cientes de quem é o adulto na família. Não é a velha e cruel frase: “Quem manda aqui sou eu e você tem que me ouvir!”. Você não tem que mandar e nem que ser ouvido por obrigação. Eles precisam aprender a respeitar e a querer ouvir você, não porque são obrigados, mas porque confiam no que você diz. Isso é respeito! Você só consegue isso quando dá o exemplo. Respeite e confie nos seus filhos e eles farão o mesmo com você.

Abraços,
Lila

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O exemplo do pescador

Sempre que posso caminho pela praia. Para mim, caminhar pela areia e água é muito mais que fazer exercício, é meditar! Ouvir o som das ondas dançando ao vento, dos pássaros que buscam alimentos e sentir o sol que esquenta a pele. Ah! Que delícia! Encanto-me e me perco no tempo quando estou neste cenário.

Hoje ao caminhar me deparei com um cenário diferente. O céu e mar cinza, o que não é característico das praias no Ceará, o mar revolto por causa do intenso vento e os pássaros afoitos, talvez pelo excesso de peixes a pular. A praia mais solitária, com poucos caminhantes devido a chuva, me deu a sensação de que ela pertencia somente a mim. Enganada estava! Lá adiante encontrei um pescador. Com seu chapéu, sacola e rede. Imagem encantadora. Ele e o mar pareciam um só. Íntimo daquele lugar era mais um pássaro a buscar alimento. E de fato estava!

Parei e fiquei a observar como aquele homem agiria. Não me arrependi de ter interrompido a minha caminhada, pois o que vi foi uma grande lição de paciência, persistência e humildade.

Era como uma dança. Ele observava o mar atento e sabia onde os peixes estavam. Preparava a sua rede de pesca e adentrava ao mar com muito cuidado, lentamente a fim de não espantar os peixes. Lançava a rede e aguardava... Ao retirá-la, muitas vezes estava vazia, mas ele não desistia. Novamente a dança iniciava. Fez isso inúmeras vezes como se fosse a primeira. Não percebi nele nenhum aborrecimento, gesticulações irritadas ou impaciência pelo insucesso. Era como se soubesse que em algum momento daria certo e lhe restava apenas tentar novamente. Que lição! Um homem simples que buscava o seu alimento, sabia trabalhar e aguarda o momento certo do sucesso, sem nunca desistir. Que conexão com a natureza, que sabedoria!

Que possamos ser como os pescadores!

Abraços,
Lila

domingo, 23 de maio de 2010

Transtorno de Conduta. O que é isso?

Quem assistiu ao filme Toy Story conhece bem o personagem de um garotinho chamado Cid. Ele destrói todos os seus brinquedos e os da sua irmã. Cid tem um dos comportamentos típicos de crianças e adolescentes com Transtorno de Conduta. Esses pequenos que se divertem com o sofrimento dos outros, seja um animal ou um amigo chamam a atenção pela agressividade exagerada e falta de empatia.

O que é o Transtorno de Conduta? - "É um padrão repetitivo e persistente de comportamento que viola regras sociais importantes em sua idade ou os direitos básicos alheios" (ABP - Associação Brasileira de Psiquiatria)

Bem, nenhum menor de 18 anos pode ser chamado de psicopata, uma vez que sua personalidade ainda não está formada. Nesses casos, usamos o termo "Transtorno de conduta". Calma! Não quero dizer que as crianças com transtornos de conduta serão psicopatas no futuro, mas não posso deixar de ressaltar que esse transtorno revela um forte risco. Assim como nem toda criança com TC será um psicopata, mas todo psicopata sofria de TC.

Quando o comportamento de uma criança ou adolescente deve nos preocupar?
Quando mentem ou furtam com frequencia, desrespeitam regras constantemente, maltratam animais ou a outras crianças e demonstram agressividade excessiva. É claro que certo grau de malvadeza é aceitável na infância e adolescência, pois faz parte do desenvolvimento. Vamos dar um desconto! Até mesmo porque o TC é caracterizado pela repetição, e não por atos isolados. Eles podem vir acompanhados de hiperatividade e déficits graves de atenção.

Costumo dizer que não devemos cobrar nada de ninguém que a idade não permita. Por isso, não exija capacidade de julgamento (consciência do que pode ou não fazer) ou analise de limites de crianças menores de 7 anos. Somente a partir desta idade é que essa capacidade se desenvolve. Por exemplo: Quando um menino de 6 anos coloca o gato no microondas, ele não sabe o risco que está expondo o animal, mas um menino de 8 anos sabe. É claro que existem exceções em relação a idade como no famoso caso da menina inglesa de 2 anos chamada Mary Bell (1968). Já nesta idade era muito diferente de qualquer outra criança. Nunca chorava quando se machucava e destruía todos os seus brinquedos. Aos 4 anos precisou ser contida ao tentar enforcar um amiguinho na escola. Aos 5 anos, viu um colega sendo atropelado e não demonstrou nenhuma reação emocional. Depois da alfabetização, ficou incontrolável: pichava paredes na escola, incendiou a sua casa e maltratava animais. Aos 11 anos, Mary matou por estrangulamento dois meninos (3 e 4 anos) sem dó e piedade. Antes de ser julgada, Mary foi avaliada por psiquiatras e psicólogos e teve como diagnóstico um gravíssimo transtorno de conduta. Mary foi um caso clássico e raro de psicopatia na infância. Muitos psicopatas sofreram abuso na infância, seja físico, sexual ou psicológico. O caso citado reuniu todos os fatores.

O que torna uma criança com tendência a psicopatia?
Existem três fatores de risco: a predisposição genética, um ambiente hostil e possíveis lesões cerebrais no decorrer do desenvolvimento. Esses fatores não atuam sozinhos, eles precisam de terreno fértil. Quando a criança se encontra em um ambiente hostil, violento e com carência de afeto, os sintomas podem se manifestar.
Até então, não se conhece a cura para a psicopatia em adultos, no entanto existe a chance de mudar o comportamento de crianças com o transtorno de conduta e evitar que se tornem transgressores mais tarde.

Um abraço,
Lila
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Fonte & Sugestão de Leitura:
Gritos no vazio - A história de Mary Bell - Gitta Sereny. Editora: Gutenberg
Teorias da Personalidade - Howard S. Friedman & Mirian W. Schustack

sábado, 1 de maio de 2010

Bullying. É preciso levar a sério!

Entre os tantos desafios já existentes na rotina escolar, está posto mais um. O bullying escolar.  É um tipo de agressão que pode ser física ou psicológica, que ocorre repetidamente e intencionalmente e ridiculariza, humilha e intimida suas vítimas. Infelizmente é uma das formas de violência que mais cresce no mundo.

Geralmente ninguém sabe como agir, nem a vítima, nem a escola e nem os pais. Estes se sentem perdidos e sem apoio, pois as escolas geralmente se omitem acreditando ser apenas "brincadeira" de criança. Devido a isso, as vítimas e as testemunhas se calam e este silêncio tem um preço...

O que, a primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente a vítima de bullying. Crianças e adolescentes que sofrem humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem apresentar queda no rendimento escolar, somatizar o sofrimento em doenças e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da sua personalidade. Observa-se também uma mudança de comportamento. As vítimas ficam isoladas, se tornam agressivas e reclamam de alguma dor física, geralmente antes da hora de ir para escola.

O bullying, de fato, sempre existiu. O que ocorre é que, com a influência da televisão e da internet, os apelidos pejorativos foram tomando outras proporções. É preciso levar a sério a prática do bullying, pois existem inúmeros registros de crimes e suicídios de autores e vítimas do abuso. 

Como prevenir o problema na escola
O papel da escola começa em admitir que é um local passível de bullying. Informar professores e alunos sobre o que é o bullying e deixar claro que o estabelecimento não admitirá a prática ajuda bastante na prevenção. Prevenir ainda é o melhor remédio.
O papel do professor também passa por identificar os atores do bullying - agressores e vítimas. O agressor não é assim apenas na escola. Normalmente ele tem uma relação familiar onde tudo se resolve pela violência verbal ou física e ele reproduz o que vê no ambiente escolar. Já a vítima costuma ser uma criança/adolescente com baixa auto estima e retraída tanto na escola quanto no lar. Exatamente por essas características, é difícil esse jovem conseguir reagir aos ataques de bullying. Quando a vítima reage, buscando soluções e ajuda, seja através de atitudes de defesa, ajuda dos pais ou da escola, a tendência é que a provocação cesse.
Claro que não se pode banir as brincadeiras entre colegas no ambiente escolar. O que a escola precisa é distinguir o limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. Isso não é tão difícil como parece. Uma sugestão é que o professor se coloque no lugar da vítima. O apelido é engraçado? Como eu me sentiria se fosse chamado assim? Ao perceber o bullying, o professor deve corrigir o aluno. E em casos de violência física, a escola deve tomar as medidas devidas, sempre envolvendo os pais.

Para evitar o bullying, as escolas devem:
- Investir em prevenção e estimular a discussão aberta com todos os atores da cena escolar, incluindo pais e alunos.
- Observar com atenção o comportamento dos alunos, dentro e fora de sala de aula, e perceber se há quedas bruscas individuais no rendimento escolar.
- Incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças através de conversas, trabalhos didáticos e até de campanhas de incentivo à paz e à tolerância.
- Desenvolver, desde já, dentro de sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos.
- Quando um estudante reclamar ou denunciar o bullying, os pais devem procurar imediatamente a direção da escola.

Atenção: Muitas vezes, a instituição trata de forma inadequada os casos relatados. A responsabilidade é, sim da escola, mas a solução deve ser em conjunto com os pais dos alunos envolvidos.

A questão é que só a escola não consegue resolver o problema, mas é normalmente nesse ambiente que se demonstram os primeiros sinais de um agressor. O bullying só se resolve com o envolvimento de toda a escola - direção, docentes, alunos e a família.

Como a família pode ajudar

Os pais devem estar alertas para o problema – seja o filho vítima ou agressor pois ambos precisam de ajuda e apoio psicológico.
- Mostre-se sempre aberto a ouvir e a conversar com seus filhos.
- Fique atento às bruscas mudanças de comportamento.
- É importante que as crianças e os jovens se sintam confiantes e seguros de que podem trazer esse tipo de denúncia para o ambiente doméstico e que não serão pressionados, julgados ou criticados.
- Comente o que é o bullying e os oriente que esse tipo de situação não é normal. Ensine-os como identificar os casos e que devem procurar sua ajuda e dos professores nesse tipo de situação.
- Se precisar de ajuda, entre imediatamente em contato com a direção da escola e procure profissionais ou instituições especializadas.

Não se trata de estabelecer vítimas e culpados quando o assunto é o bullying. Isso só reforça uma situação polarizada e não ajuda em nada a resolução dos conflitos. Melhor do que apenas culpar um aluno e vitimizar o outro é desatar os nós da tensão por meio do diálogo. Esse, aliás, deve extrapolar os limites da sala de aula, pois a violência nem sempre fica restrita a ela.

Existe no Brasil, um projeto de Lei contra a prática do Bullying. Enquanto isso, em muitos estados você pode discar 100 para denunciar o abuso e pedir ajuda do Conselho Tutelar.

Abaixo selecionei um vídeo que pode ser assistido pelos pais e filhos. Ele ajuda a conscientizar.
Abraços,
Lila 
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Outras Opçõs de Ajuda:
Na Leitura: Bullying Escolar - Cléo Fante e José Augusto Pedra - Editora: Artmed.
Na Internet: Em http://www.bullying.com.br/ você conhece as ações contra o bullying da Abrapia.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Quem manda aqui sou eu! ... Será?

Trabalho na área clinica atendendo pessoas de todas as idades. Adoro estar com elas e poder compartilhar um pouco do íntimo universo de cada um. Sinto-me verdadeiramente honrada!

Aqui confesso a minha paixão pelo trabalho com crianças e adolescentes, em especial com a orientação de pais. Não é um trabalho fácil, como muitos tendem a pensar. É extremamente delicado, pois lido com as crianças/adolescentes (o que é mais simples e deliciosamente gratificante) e com seus pais. É impossível atender esse universo de clientes sem fazer um elo de comunicação com os seus pais, pois muitas vezes o que elas passam é oriundo dessa relação parental.

Duas coisas me impressionam no trabalho com pais: a dificuldade de estabelecer limites e educar com firmeza seus filhos. É incrível como é quase unânime as queixas que são apresentadas (Postarei outros textos sobre os temas).

Entendo perfeitamente porque os pais estão um pouco perdidos nesse mundo moderno, onde o educar virou um grande dilema. Muitos se perguntam: Faço como os meus pais fizeram? Ou educo da maneira “moderna”? Bem, é aí que todo o problema começa. Não existe a maneira moderna, existe a maneira certa, sempre houve. Os nossos pais estavam tão perdidos quanto nós estamos. Claro, muito tem se falado sobre a educação de filhos. Antigos conceitos foram repaginados e muitos livros editados. A diferença é que temos mais acesso a informações, ao cuidar de nós mesmos, ao que ler. Mas o que fazer com tudo isso? Como pôr em prática tudo o que ouvimos e lemos?

Num certo dia escutei a queixa de um casal sobre o seu filho de cinco anos: “Não sabemos mais o que fazer. Ele não nos ouve, só faz o que quer” (esta tem sido uma queixa muito comum entre os pais). Quando escuto esta frase, tenho plena certeza de que estes pais estão perdidos. Eles se perderam no “como educar seus filhos”. Quando aprofundo a conversa, surge a frase que já imaginava: “Nós não batemos, mas ele fica de castigo sempre e, muitas vezes perco a paciência e grito. Olha que sempre procuro falar com calma...” Percebem a confusão? Se nós ficamos confusos imaginem os filhos. E eles quando se sentem confusos vão tentar se achar, procurar um porto seguro. Se não é em nós, em quem ou em que será?

Precisamos apreender que para sermos pais amorosos, legais, amigos, cuidadosos e que educam não é, nem de longe, preciso ser permissivo. Nossos filhos precisam de ajuda! Nós devemos direcionar a sua caminhada, guiar os seus passos, amparar e acolher as suas dúvidas. Conseguimos isso quando estamos cientes de quem é o adulto na família. Não é a velha e cruel frase: “Quem manda aqui sou eu e você tem que me ouvir”. Você não tem que mandar e nem que ser ouvido com obrigação. Eles precisam aprender a querer ouvir você, não porque são obrigados, mas porque confiam no que você diz. Isso é respeito! Você só consegue isso quando dá o exemplo. Respeite e confie nos seus filhos e eles farão o mesmo com você.
Abraços,
Lila

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Os Filhos e o Divórcio

A crença dos filhos em relação aos pais é que eles viverão juntos para sempre. Dificilmente passa pela cabeça desses pequenos que os pais podem um dia vir a se separar. Porém sabemos que o divórcio acontece e que na maioria das vezes não é bom para os filhos.

Existem escritores que tentam amenizar a dor da separação, escrevendo dicas sobre como lidar a situação. Os argumentos são distintos, mas a realidade é que nenhum filho gosta dessa idéia.

Obviamente existem filhos que afirmam que a separação dos pais foi a melhor decisão para a vida do casal diante da vida que levavam, mais isso não signfica que aprovam a idéia de separação. Muito provavelmente eles iriam preferir ter os pais juntos e vivendo felizes.

Os corações mudam, os objetivos do casal tornam-se diferentes e a cada dia vai ficando mais pesado e dificil levar uma vida a dois. Este é um ponto de decisão: separar-se ou tentar reconstruir a relação. Bem, geralmente os casais que decidiram se separar, já tentaram a reconciliação e já deram chances para a relação. Tendo elas esgotado e nada mudado, a separação passa a ser o objetivo final.

Sabemos que o divórcio é quase sempre o ponto final em anos de desentendimentos, expressos ou velados, entre os pais. Há pais que se orgulham do fato de não ter havido muitas brigas antes da separação. “Nunca discutimos na frente das crianças” Bem, isso não é garantia de que a separação será menos dolorosa para os filhos, pois as crianças sabem que os desentendimentos existem. Elas têm um incrível radar para captar o que está oculto.

Prováveis consequencias da separação
 
Casais que brigam muito e que se divorciam, podem gerar em seus filhos estresse e um sentimento de impotência, pois eles não desejam que tudo acabe, mas sabem que não podem fazer nada. E, o que é pior, as crianças às vezes acreditam que a separação dos pais aconteceu porque elas não foram boas o suficiente, sentem como se fosse culpa delas. Esse tipo de crença pode persistir, mesmo que os pais digam o contrário.

A separação sob a perspectiva do adolescente
 
Diante da separação, os adolescentes podem perder a credibilidade antes depositada nos pais. Já ouvi uma garota de 15 anos se referir aos pais separados da seguinte maneira: “Como posso confiar neles? Eu pensei que se amavam, e de repente se separam e nem se importam com o que penso sobre isso”.

Dados de pesquisa

Um estudo observou por vinte e cinco anos crianças cujos pais haviam se separado. Descobriu-se que tais crianças apresentavam muito mais dificuldade no amor, em sua vida íntima e no comprometimento com seu casamento, do que um grupo de controle cujos pais não haviam se divorciado. Além disso, os filhos de pais divorciados tinham muito mais dificuldade de exercer seus papeis de pais.

Você pode estar se perguntando: Já que separar-se é ruim e ficar numa relação com brigas também. O que devo fazer? Se o divórcio é inevitável, procure dar o maior apoio possível para os seus filhos. Isso poderá diminuir o impacto da sua decisão sobre eles.

Algumas dicas:
 
- Evite coloca-los contra o pai/mãe. Lembre-se: é você que está se separando, não eles;
- Não tente fazer de seus filhos um álibe ou suporte emocional. Essa decisão e suas conseqüências, você terá que assumir sozinho(a);
- Permita que eles expressem o que pensam e sentem sobre o assunto, por mais que seja doloroso para você ouvir. Isso alivia muito o mal estar causado pela separação.
- Ao começar a namorar de novo, poupe seus filhos no início da sua relação. Apresente a eles somente quando a relação já estiver estável e com grandes chances de dar certo.
- Aceite e acolha os sentimentos que podem surgir em seus filhos com a separação (raiva, medo, angústia, depressão, etc.) Caso você não consiga lidar bem com eles, procure ajuda profissional para você e para seus filhos.
- Você está separando(a) do seu marido/esposa, não de seus filhos, então procure estreitar as relações e aumentar o vínculo.

Abraços,
Lila
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Sugestão de leitura: Meus pais se separaram. E agora? Cyntia MacGregor. Ed. Novo Século

terça-feira, 20 de abril de 2010

O Segredo do Casamento

Este pequeno texto de Stephen Kanitz fala um pouco sobre o casamento. É no mínimo uma reflexão com descontração. Boa leitura!
"Meus amigos separados não cansam de me perguntar como eu consegui ficar casado trinta anos com a mesma mulher. As mulheres, sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo.
Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo.

Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas, dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue.

Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade, já estou em meu terceiro casamento - a única diferença é que me casei três vezes com a mesma mulher. Minha esposa, se não me engano, está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes do que eu.

O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher. O segredo no fundo, é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal. De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a se vender, seduzir e ser seduzido.

Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial? Há quanto tempo não fazem uma lua de mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?
Sem falar nos inúmeros quilos que se acrescentaram a você, depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 quilos num único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo?

Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo e a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.

Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou marido por trinta anos com a mesma
roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é sua esposa que está ficando chata e mofada, são os amigos dela (e talvez os seus), são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração. Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo círculo de amigos.

Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento. Mas, se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas, e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.

Não existe essa tal "estabilidade do casamento", nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos. A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma "relação estável", mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensando fazer no início do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, por que não fazer na própria família? É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo.

Portanto, descubra o novo homem ou a nova mulher que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo e interessante par. Tenho certeza de que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso, de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par".
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Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br)
Editora Abril, Revista Veja, edição 1922, ano 38, nº 37, 14 de setembro de 2005, página 24.

domingo, 18 de abril de 2010

Honestidade vem de berço!

Tenho um princípio básico na educação do meu filho: Que ele seja Honesto, Justo e Bom. Porém, é uma missão árdua... Principalmente na sociedade em que vivemos, onde a desonestidade virou senso comum. É claro que existem exceções, mas não estou me referindo a minoria e sim ao grande número que cresce, não apenas no Brasil, mas no mundo.

A revista Seleções do Readers Digest fez uma pesquisa em trinta e um países para testar a honestidade das pessoas. Não, o Brasil não ficou em primeiro lugar e sim em décimo quarto... Bem, não somos os mais desonestos do mundo, o que pode ser um pequeno alívio, mas não a solução.

A pesquisa consistia em “esquecer" trinta celulares em locais estratégicos para ver quem os devolvia. A China ganhou o titulo de país mais desonesto. Foram recuperados apenas treze celulares. Segundo a pesquisa, uma das pessoas ao invés de devolver, deu o celular para o filho pequeno, só porque ele pediu... Em Hong Kong, um guarda que achou um celular, disse ao ser questionado: Que celular? Ele estava segurando o telefone.

A honestidade é uma questão de educação, mas infelizmente até mesmo pessoas que foram rigorosamente educadas podem vir a desenvolver a desonestidade. Por que isso acontece? Muitas vezes por ambição, desejo de ter o que não se pode comprar, enriquecer sem fazer esforço ou à custa do dinheiro do outro. Segundo a especialista em saúde mental, Bianca Bortolini Florsz existe três fatores que podem levar a desonestidade. Primeiro por desvio de caráter, esse nasce com a pessoa indiferente da educação e estrutura familiar; segundo é característica de personalidade, esse pode ser revertido e terceiro o comportamental, que se desenvolve devido ao meio em que vive.

Há também quem seja desonesto por doença, como roubos compulsivos. São os Cleptomaníacos. A cleptomania é um transtorno no controle do impulso. Essa doença não escolhe classe social e geralmente é diagnosticada na idade adulta.

Ser desonesto não é somente roubar, mas também levantar falso testemunho, conseguir as coisas passando por cima de outras pessoas, fraudar, não ser digno, não ter caráter e enganar. No dicionário o conceito da palavra desonesto significa: Quem não tem honestidade, indigno, torpe, desprezível, impudico, devasso.

Nesta semana fui vítima de uma situação desonesta: O meu telefone fixo ficou mudo por um longo período de dias, quase uma semana depois veio um técnico e o “consertou”. Dois dias depois, o mesmo problema; novamente chamamos o técnico da telefonia e o mesmo argumentou com o meu marido que o problema era no cabo, que precisaria trocar e que esse serviço precisava ser pago. Meu marido acreditou na conversa e concordou com o serviço e pagamento. Ao saber da situação, achei tudo estranho, primeiro pelo serviço ser cobrado, já que pagamos mensalmente uma taxa para manutenção, segundo porque não nos foi dada nenhuma nota fiscal de serviço. Para tirar a dúvida, liguei para a central de atendimento confirmando se o procedimento efetuado pelo técnico era devido. Como suspeitava, não era. Abri uma reclamação contra o profissional e solicitei o meu dinheiro de volta. Dentro de três dias úteis terei uma resposta sobre qual será a solução que empresa dará ao meu problema. Para a minha surpresa, no final do dia adivinhem quem me liga? O técnico! Aquele que cobrou um valor indevido por um serviço que era a sua obrigação de fazer. Com muita ousadia, ele liga em meu celular (usou um dado da empresa para uso pessoal – outra desonestidade) e me questionou por que eu reclamei contra ele. Se o problema era o dinheiro ele me devolvia. Disse mais... Que eu havia lhe prejudicado, pois ele era um pai de família. Bem, é claro que ele ouviu algumas verdades e provavelmente nunca mais ousará me ligar novamente. Ao desligar o telefone, fiquei por alguns minutos pensando no que havia acontecido. Eu fui enganada, reclamei por isso e o autor do “crime” me liga questionando. Meu Deus! Pensei logo em seguida. É assim que a mente de uma pessoa desonesta funciona. Ele acha que tem razão, um bom motivo para fazer o que faz e que não está fazendo nada que não possa ser desfeito mais tarde. A empatia, a consciência por si e pelo outro, a dignidade e todos os demais valores que agregam à honestidade não fazem o menor sentido para uma pessoa desonesta.
Esses valores são aprendidos em casa, somos nós os pais que devemos dar o bom exemplo. Mas o moço que citei disse ser “um pai de família”. Que tipo de educação ele recebeu e dá aos seus filhos? Lembrei do guarda da pesquisa que encontrou o telefone e entregou ao filho...

O vídeo abaixo nos mostra uma situação onde o exemplo dos pais é seguido.
Nós somos referência para os nossos filhos. Sejamos então a melhor referência que eles podem encontrar.
Obs: No final da página tem um teste de honestidade. Experimente fazer!
Abraços,
Lila