Entre os tantos desafios já existentes na rotina escolar, está posto mais um. O bullying escolar. É um tipo de agressão que pode ser física ou psicológica, que ocorre repetidamente e intencionalmente e ridiculariza, humilha e intimida suas vítimas. Infelizmente é uma das formas de violência que mais cresce no mundo.
Geralmente ninguém sabe como agir, nem a vítima, nem a escola e nem os pais. Estes se sentem perdidos e sem apoio, pois as escolas geralmente se omitem acreditando ser apenas "brincadeira" de criança. Devido a isso, as vítimas e as testemunhas se calam e este silêncio tem um preço...
O que, a primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente a vítima de bullying. Crianças e adolescentes que sofrem humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem apresentar queda no rendimento escolar, somatizar o sofrimento em doenças e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da sua personalidade. Observa-se também uma mudança de comportamento. As vítimas ficam isoladas, se tornam agressivas e reclamam de alguma dor física, geralmente antes da hora de ir para escola.
O bullying, de fato, sempre existiu. O que ocorre é que, com a influência da televisão e da internet, os apelidos pejorativos foram tomando outras proporções. É preciso levar a sério a prática do bullying, pois existem inúmeros registros de crimes e suicídios de autores e vítimas do abuso.
Como prevenir o problema na escola
O papel da escola começa em admitir que é um local passível de bullying. Informar professores e alunos sobre o que é o bullying e deixar claro que o estabelecimento não admitirá a prática ajuda bastante na prevenção. Prevenir ainda é o melhor remédio.
O papel do professor também passa por identificar os atores do bullying - agressores e vítimas. O agressor não é assim apenas na escola. Normalmente ele tem uma relação familiar onde tudo se resolve pela violência verbal ou física e ele reproduz o que vê no ambiente escolar. Já a vítima costuma ser uma criança/adolescente com baixa auto estima e retraída tanto na escola quanto no lar. Exatamente por essas características, é difícil esse jovem conseguir reagir aos ataques de bullying. Quando a vítima reage, buscando soluções e ajuda, seja através de atitudes de defesa, ajuda dos pais ou da escola, a tendência é que a provocação cesse.
Claro que não se pode banir as brincadeiras entre colegas no ambiente escolar. O que a escola precisa é distinguir o limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. Isso não é tão difícil como parece. Uma sugestão é que o professor se coloque no lugar da vítima. O apelido é engraçado? Como eu me sentiria se fosse chamado assim? Ao perceber o bullying, o professor deve corrigir o aluno. E em casos de violência física, a escola deve tomar as medidas devidas, sempre envolvendo os pais.
Para evitar o bullying, as escolas devem:
- Investir em prevenção e estimular a discussão aberta com todos os atores da cena escolar, incluindo pais e alunos.
- Observar com atenção o comportamento dos alunos, dentro e fora de sala de aula, e perceber se há quedas bruscas individuais no rendimento escolar.
- Incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças através de conversas, trabalhos didáticos e até de campanhas de incentivo à paz e à tolerância.
- Desenvolver, desde já, dentro de sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos.
- Quando um estudante reclamar ou denunciar o bullying, os pais devem procurar imediatamente a direção da escola.
Atenção: Muitas vezes, a instituição trata de forma inadequada os casos relatados. A responsabilidade é, sim da escola, mas a solução deve ser em conjunto com os pais dos alunos envolvidos.
A questão é que só a escola não consegue resolver o problema, mas é normalmente nesse ambiente que se demonstram os primeiros sinais de um agressor. O bullying só se resolve com o envolvimento de toda a escola - direção, docentes, alunos e a família.
Como a família pode ajudar
Como a família pode ajudar
Os pais devem estar alertas para o problema – seja o filho vítima ou agressor pois ambos precisam de ajuda e apoio psicológico.
- Mostre-se sempre aberto a ouvir e a conversar com seus filhos.
- Fique atento às bruscas mudanças de comportamento.
- É importante que as crianças e os jovens se sintam confiantes e seguros de que podem trazer esse tipo de denúncia para o ambiente doméstico e que não serão pressionados, julgados ou criticados.
- Comente o que é o bullying e os oriente que esse tipo de situação não é normal. Ensine-os como identificar os casos e que devem procurar sua ajuda e dos professores nesse tipo de situação.
- Se precisar de ajuda, entre imediatamente em contato com a direção da escola e procure profissionais ou instituições especializadas.
Não se trata de estabelecer vítimas e culpados quando o assunto é o bullying. Isso só reforça uma situação polarizada e não ajuda em nada a resolução dos conflitos. Melhor do que apenas culpar um aluno e vitimizar o outro é desatar os nós da tensão por meio do diálogo. Esse, aliás, deve extrapolar os limites da sala de aula, pois a violência nem sempre fica restrita a ela.
Existe no Brasil, um projeto de Lei contra a prática do Bullying. Enquanto isso, em muitos estados você pode discar 100 para denunciar o abuso e pedir ajuda do Conselho Tutelar.
Abaixo selecionei um vídeo que pode ser assistido pelos pais e filhos. Ele ajuda a conscientizar.
Abraços,
Lila
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Outras Opçõs de Ajuda:
Na Leitura: Bullying Escolar - Cléo Fante e José Augusto Pedra - Editora: Artmed.
Na Internet: Em http://www.bullying.com.br/ você conhece as ações contra o bullying da Abrapia.
Olá, Lila.
ResponderExcluirO assunto incomoda mesmo os pais das crianças que sofrem o bullying.
Não me lembro de ter visto caso NENHUM em que pais de crianças agressoras se manisfetam ou procuram ajuda. Achei esta a abordagem mais interessante do seu texto, pois realmente polarizar a situação só dificulta o diálogo entre as partes. E isto cabe também em outros discursos no campo das relações pessoais.
Um abraço,
Michelle
Olá Michelle!
ResponderExcluirO bullying é sério, com consequências graves e precisa ser tratado como tal pelos pais, escolas e envolvidos.
Obrigada pela visita e volte sempre!
Gosto muito do seu blog e sempre vou por lá.
Abraços,
Lila
Oi Lila!
ResponderExcluirEsse é um assunto muito sério que deve ser analisado com especial atenção.
Já fui vítima de bullying na infância e adolescência e deixou marcas profundas!
Acredito que falar sobre o assunto e divulgá-lo é uma maneira de conscientização.
Amo seu blog!
Beijo!
oi lila.aqui quem fala e carolina, estive aqui no post antigo sobre bulling, aceitei suas opnioes e conselhos sobre o caso da minha filha e os segui. nossa obtive um resultado maravilhoso, gostaria de se possivel contar como tive exito para que outras maes possam fazer o mesmo:primeiro fui ate a escola e conversei com a diretora , a mesma foi ate a classe, comentou o assunto e pediu um trabalho a respeito, para colocar a par, pais e alunos , logo apos o caso, houve uma reuniao de pais e mestres , fui a reuniao e no fim da mesma , levantei e comentei o caso da minha filha com todos os pais pedindo assim ajuda , para que falassem com seus filhos sobre a concequencia de seus atos . lila muito obrigado , pois nao somente pararao as agressoes verbais , como agora ela e super bem tratada nas classe e no colegio. receba meu carinho pela ajuda que mudou a minha vida e a da minha filha. beijos
ResponderExcluirOi Carolina!
ResponderExcluirObrigada pelo retorno. Saber que posso ajudar um pouquinho aos pais me motiva a escrever mais.
Que maravilha que a situação mudou. Graças a sua atitude de querer que mudasse. Você é uma mãe que faz a diferença. Que linda experiência! Provavelmente não mudou apenas a sua vida e da sua filha, mas a de muitos outros pais, colegas de classe e da escola em geral. Obrigada pela atitude positiva diante da vida.
Abraço afetuoso,
Lila
Ola LILa
ResponderExcluirAcabei de encontrar este blog,pois neste exato momento,estou muito preocupada com minha filha de 9 anos
Ano passado ,mudou de colégio,e logo no ínicio uma lider da sala,ameaçou todos colegas para que não conversassem com ela.
Fui no colégio,falei com a pedadgoga e professora.Fiquei Pasma quando a então professora disse ser normal.
Minha filha escreveu uma carta pra mesma dizendo que não aguentava mais ..Comovida,a professora enviou um bilhete aos pais.
Me deparei as 9 da noite com aa mãe da agressora,dizendo que minha filha não tinha este direito. Os pai foram chamados a escola,e ela deixou o cargo de lider.
Porem ,o Pai da mesma a proibiu de conversar com minha filha.sequer nos dirigiu a palavra.Achei melhor mudar de casa ,já que a mesma morava no mesmo prédio,eu morava de aluguel.
Hoje estudam na mesma sala e as mesmas humilhações.
Só que agora ,foram dois meninos de 12 anos,que bateram nela,o professor viu ela chorando,e disse que passava.
Estuda numa escola pública,e não sei o que faço mais ,já que foram tão omissos.
Tenho que dizer que minha é evangélica,e tem tendinopatia no ombro e punho esquerdo.
É linda,mas é bem tranquila,antes gostava de convresar,mas agora não,!Sempre teve ótimas medias,mas Depois do acontecido,se desencantou completamente.
Estou furiosa com a Escola e professores.Pois deveriam falar sobre as consequências do Bullyng..
Se nada fizerem ,vou ter que tirar ela do colegio.
Ou denunciar? ´Ja nem sei o que faço.
Me desculpe ,pelo longo texto..
Mas estou revoltada e ao mesmo tempo apavorada,decepcionada com tudo isto.
A escola esta tirando o encanto da vida da minha filha.
QUE PAÍS É ESSE MEU dES?
Infelizmente muitas crianças estão sendo vítimas de bullying nas escolas e precisamos nos preparar através da tomada de consciência e da educação para a solução deste problema.
ResponderExcluirO caso que você citou da sua filha é grave e precisa de providências imediatas. A escola tem a obrigação de responder as suas reclamações. É estranho a diretora não ter feito absolutamente nada. Isso pode gerar um processo na justiça, pois antes mesmo dela sofrer a prática do Bullying ela está sendo vítima de abuso físico e agressões.
A prática do bullying pode ser perigosa, é muitas crianças e adolescentes são vítimas graves desse perigo. Caso você não veja solução ou intenção de solução por parte da escola, sugiro que você converse com a sua filha e escute o que ela acha da situação, da escola, dos colegas. Permita que ela escolha o que fazer. Ela pode optar por mudar de escola, continuar ou mesmo outra propor outra solução. É importante saber o que ela pensa e sente sobre tudo isso.
Caso ela deseje mudar de escola, faça isso. Muitas vezes prolongar um sofrimento é inútil, apenas prolonga a dor e angústia. Procure uma escola mais humanista com uma cultura que acolha as diferenças. Sua filha não precisa e não deve passar por isso.
Quanto a lei, infelizmente não existe nada concreto, apenas um projeto de lei, passível de aprovação no senado. O máximo a nível de segurança legal que se consegue contra o bullying, é procurar o Conselho Tutelar. Eles podem orientar os pais, a escola e as crianças sobre a situação. Geralmente nas cidades, o acesso ao Conselho é através do disque 100.
Abraços,
Lila
isso é realmente uma coisa muito
ResponderExcluirgrave ,quem estiver passando por isso
converse com alguem para
chegar em uma solução
Olá ,lila sou lila também hoje meu coração chora pois a dois anos meus filho está em uma escola por falta de opção em escola particular e durante esses dois anos não só ele mais eu também sofri humilhação lá, meu filho tem TDAH e a escola esta repetindo ele mesmo ele com diagnostico do medico e a opção que a diretora deu foi pra ele fazer o 7º ano com dependência no 6º mais logo apos ela disse mais como ele não consegue mesmo e melhor ele ficar e repetir o 6 se ele não consegue nem fazer o que da na turma dele imagine duas serie ,e isso não só aconteceu la não ele já passou por varias e as escolas não estão preparadas para crianças com algum tipo de deficiência pois ele já estudou em escola onde tinha psicologa e tinha programa para combater o bullying mais no final do ano no ultimo dia de aula as crianças brincando de rouba o monte sem supervisão de adulto ele foi o mais prejudicado pois chegou com as costas o peito todo roxo e quando procurei saber da escola ela disse que ele só apanhou porque procurou mais ele também tinha batido então fica elas por elas as escolas elas não estão preparadas pra nada mesmo dizendo que estão,é mentira ,é só pra ganhar o dinheiro dos pais e os pais juntos com seus filhos é que fique com seu prejuízo.
ResponderExcluirUm grande abraço e divulgue mais seu blog pois ele é ótimo.
lila