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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Adolescência e a necessidade de separação dos pais

 
 
Se você tem filhos adolescentes ou já esteve por algumas horas na companhia de um, você certamente está familiarizado com o “desdenhoso olhar” que eles costumam usar para expressar inquietação, incômodo ou desprezo pelo o que está sendo dito. Muitas vezes o referido olhar vem acompanhado de suspiros ou falas que deixam claro o incômodo da turma teen. Esse olhar é quase um equivalente ao bater de portas de forma dramática.
 
 
Rebelião adolescente

Adolescentes são gênios em fazer coisas que sabem que vão irritar você. Por exemplo, se você o está esperando para um calmo jantar em família, eles provavelmente vão fazer uma careta e reclamar da refeição. Se você tentar prever seu humor e agir em conformidade, eles vão mudar o humor. Se eles não concordam com o seu pedido, eles irão esquecer ou ignorar suas promessas.
 
Ao contrário do que muitos adultos pensam, adolescentes definitivamente não gostam de excessiva atenção, principamente quando esta é no sentido de censurar, avaliar ou criticar o que eles fazem. Tal como a excessiva atenção, os conselhos fazem parte do pacote que eles “odeiam”.
 
 
Necessidade de Sepação
 
Os pais precisam perceber que essa fase “rebelde” que os filhos passam nada mais é do que a imensa necessidade de demonstrar que já cresceram, que não são mais os bebês dependentes e sim seres auto-suficientes. É claro que nós pais sabemos que eles ainda precisam da nossa ajuda e apoio, mas eles não querem admitir isso, pois precisam se sentir capazes de encontrar seu caminho sem o constante direcionamento dos pais. Para a maioria dos adolescente, a nossa ajuda é percebida como uma interferência.
 
Eles procuram criar suas próprias regras e valores na tentativa de estabelecer a sua própria identidade. A tão conhecida “rebeldia adolescente”, seja na forma de estilos de roupas, censuráveis ​​cabelos, músicas, quartos desarrumados, ou mesmo o consumo de álcool e a prática da mentira, são tentativas de iniciar o processo de separação dos pais.
 
 
O que fazer?
 
Você pode estar se perguntando: “Então devo deixar meu filho ser um rebelde para ele conquistar a tão sonhada liberdade dos pais?” A minha resposta é não. A rebeldia se instala quando eles não vêem outra saída; quando eles percebem que as amarras que os pais colocam é tão forte que não os permite andar, e para tirá-las eles precisam “do grito”.
 
Já tive a oportunidade de escutar inúmeros adolescentes e posso afirmar que eles não são iguais. Ao contrário do que a grande maioria das pessoas panfletam sobre essa fase humana, a adolescência é uma fase linda e de grande importância na vida de um ser. O que nós precisamos aprender e entender, é que os nossos filhos estão crescendo e tendo a necessidade de fazer escolhas, correr riscos, conhecer o mundo pelos olhos deles.
 
O que nós precisamos aprender é a apoiar essa jornada dos nossos filhos, não controlá-los e super protegê-los. O mundo não deixará de ser perigoso se mantivermos nossos filhos sobre nossas asas; não temos o direito de tentar controlar a experiência que eles desejam ter e nem tão pouco deixar de permitir que explorem o mundo sobre a perspectiva deles.
 
Precisamos definitivamente aprender que os filhos não nos pertencem. Eles pertencem ao mundo e para ele precisam ir e explorar. É claro que amamos esses pequenos que esticaram e perderam as bochechas rosadas, mas nosso amor não pode ser uma prisão e sim um lugar seguro para que eles possam voltar ao sentirem a necessidade de recarregar as forças e de um abraço amoroso.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Melhore a comunicação com seus filhos adolescentes

 
A comunicação com o adolescente é extremamente importante, mas muitas das mudanças típicas que ocorrem durante a adolescência tendem a interferir com a eficácia e a qualidade da interação entre eles e seus pais. Embora os adultos tenham muito mais experiência de vida do que o adolescente, esses geralmente não aceitam ou não acreditam no fato. Por esse motivo, o conselho, a sabedoria, e as orientações dos pais deixam de ser valorizados.
 
Fale apenas para estar conversando
 
Uma meta importante para melhorar a comunicação com os adolescentes é: apenas falar com eles, sem tentar fazer outra coisa do que falar. Na hora de uma conversa leve e descontraída, não há espaço para sermões.
Grande parte da interação verbal que temos com os jovens é projetado para obter um ponto de vista ou para ensinar algo. Tentamos mudar a atitude deles, assim como tendemos a dizer o que eles estão fazendo de errado e mais, já ensinamos o suposto caminho certo. Convencer passa a ser a nossa meta numa conversa, mostrando a importância de determinadas atividades. Em outras palavras, quando falamos com eles, estamos tentando realizar algo mais do que uma conversa simples e agradável, estamos tentando ensiná-los algo que eles não estão nos pedindo no momento.
Quando queremos conselhos nós pedimos, certo? Com os adolescentes funciona do mesmo jeito. Se eles não pedem para você, irão pedir para outra pessoa.
 
A semente do diálogo deve ser plantada na infância
 
Se você deseja ter um adolescente que converse mais com você, comece a desenvolver o diálogo com ele desde a infância. Se você não conversou com seus filhos quando eram pequenos, o que lhe faz pensar que os mesmos irão fazê-lo justamente na adolescência?
 
Não transforme uma conversa numa palestra
 
Alguns adolescentes relatam que quando falam com seus pais sobre várias coisas, a conversa geralmente termina em palestras ou pregações: "Quando eu estou falando com eles é só para ter uma conversa, eles usam o que eu digo, quer para me mostrar seus pontos de vista, para me ensinar algo ou para explicar certas coisas."
 
Conversando com um adolescente de 16 anos, ele me contou que que tentou falar com a mãe sobre seu amigo que foi trabalhar num restaurante fast-food e que por isso ele havia deixado a escola. O adolescente estava tentando falar sobre como estava triste por perder o amigo na escola e a mãe não perdeu a chance de aconselhar, mas perdeu a chance de escutar e aproximar-se do filho. Quando os adolescentes tentam conversar com seus pais e recebem esse tipo de resposta, a comunicação com eles vai desaparecer.
 
Seja Positivo
 
Imagine que você tem um chefe ou colega que está constantemente criticando seu desempenho na empresa. O que você faria? Evitaria essa pessoa ou a convidaria para almoçar todos os dias? Para os adolescentes ter pais “palestrantes ou julgadores” de valores é uma chatice. Eles vão evitar ao máximo qualquer interação verbal e física. Mas não pensem que essa é uma atitude exclusiva dos adolescentes; todos nós tendemos a evitar situações que produzem sensações negativas. Portanto, se a maioria de sua interação com o adolescente é negativa, ele vai tentar evitá-lo.
 
Pense nas últimas dez conversas que você teve com seus filhos adolescentes. Será que a maioria delas envolveu algum tipo de correção ou discussão que enfatizou o que eles estavam fazendo de errado? ou foi uma conversa agradável, dando espaço para expressão de sentimentos, sem a necessidade de dar a sua experiente e valorosa opinião? Caso a resposta tenha sido a segunda, parabéns você está sendo um bom ouvinte de seus filhos adolescentes. Caso tenha sido a segunda, está na hora de começar a pensar em mudar algumas atitudes. Afinal ter filhos que confiam em você, que conversam e se sentem seguros é uma conquista da relação e não uma tarefa a ser cumprida ou obrigação a ser aceita.
 
Lembre-se que na medida em que os filhos vão crescendo, eles vão se libertando das nossas amarras e, lá na frente a única coisa que vai “prendê-los” a nós será a relação construída quando eles ainda viviam “embaixo das nossas asas”.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Adolescentes e Internet: Caso Amanda Todd

Foto de Amanda Todd

Hoje em dia quase todo mundo tem acesso à internet. Quem consegue sobreviver sem acessar seus e-mails, sites e facebook? Este último, o qual é permitido ser usado apenas por maiores de 13 anos, é acessado por crianças de 5 e 6 anos. A maioria dos pais não se dá conta do perigo que existe nesta envolvente teia de relacionamentos virtual e não se interessam em supervisionar o que seus filhos fazem constantemente em frente a um computador.

Caso real
Há poucos dias, uma adolescente suicidou-se em uma cidade aqui de B.C. – Canadá. Ela foi vítima de bullies na escola e sofreu perseguição de stalkers.

Para quem ainda não conhece os termos:
Bullying – É um tipo de agressão que pode ser física ou psicológica, que ocorre repetidamente e intencionalmente e ridiculariza, humilha e intimida suas vítimas.
Stalkers – Que traduzindo para o português significa um “perseguidor”. As personalidades stalkers desenvolvem uma obsessão por uma pessoa (ou várias) e insiste em vigiá-la ou segui-la pessoalmente e ou virtualmente.

A garota de 15 anos chamada Amanda Todd, cometeu um grande engano que custou a sua vida. Envolvida pelas sedutoras relações virtuais, a adolescente se expôs mais do que devia e sofreu as consequências desse ato. Falando com desconhecidos na net, ela permitiu que os mesmos tivessem acesso a sua vida e a sua intimidade. Isso começou quando ela tinha apenas 12 anos.

O Mundo Virtual
Percebo que muita gente parece não se dar conta de que o que colocam na net, estará lá para sempre. Nunca mais terão de volta a informação, foto, etc que decidirem postar. Você poderá apagar qualquer informação de seus sites, mas não poderá apagar dos provedores dos sites.

A facilidade para se fazer “amigos” virtuais é enorme, com isso muitos jovens se envolvem com pessoas desconhecidas e passam a ser presa fácil de personalidades doentias que rondam o universo virtual. Muitos pais não orientam seus filhos para isso. Parece que aquela velha frase que eu tanto ouvi na minha infância: “Não fale com estranhos” não é mais praticada ultimamente pelos pais. Todo mundo fala com todo mundo e a sua vida é quase pública, um livro aberto.

Amanda postou um vídeo no YouTube há um mês atrás e suicidou-se dia 10 de outubro de 2012. Ela pedia ajuda, pois ela estava só, sem amigos e sem amparo.

Adolescentes e a vida em grupo
Os adolescentes precisam se sentir integrados a um grupo. Eles são como pássaros que vivem em bandos. Isso é saudável e importante, pois os amigos ajudam a formar a personalidade do adolescente e a desenvolver sua autoconfiança. Um adolescente que perde isso perde quase tudo.
  • Abaixo coloco o vídeo que Amanda postou e um texto com a tradução do mesmo. Peço que em respeito a ela, todos os possíveis comentários sejam amorosos. Obrigada!
Tradução do Vídeo
“Olá, eu decidi contar a minha história sem fim. Na sétima série eu fui com uns amigos para a webcan. Queria conhecer novas pessoas e fazer amigos. Eles diziam que eu era bonita, perfeita, etc. e queriam tirar fotos minhas, então eu deixei. Um ano depois eu recebi mensagens pelo facebook de um homem. Eu não sabia como ele me conhecia, então ele disse: ‘Se você não fizer um show pra mim, eu irei divulgar a foto dos seus seios’. Ele sabia meu endereço, nome dos meus amigos, dos meus familiares e pais.

Num feriado de Natal, alguém bateu na minha porta as 4hr da manhã, era a polícia. Minha foto havia sido enviada para todos.

Eu fiquei realmente muito doente. Estava ansiosa, deprimida e com síndrome do pânico. Então eu mudei e comecei a consumir drogas e álcool. Minha ansiedade piorou e eu não conseguia sair disso.

Um ano se passou e o garoto voltou com uma lista dos meus novos amigos da escola. Criou uma página no facebook e meus seios era a foto do perfil. Eu chorava todas as noites. Perdi todos os meus amigos e o respeito deles. As pessoas me odiaram novamente e falavam mal de mim. Ninguém gostava de mim.

Eu nunca tive aquela foto de volta, ela está lá fora para sempre.

Eu comecei a me cortar e prometi para mim mesma que nunca mais teria amigos. Eu ficava sozinha na hora do almoço. Então eu mudei de escola novamente. Tudo estava tranquilo mesmo eu estando só. Eu almoçava na livraria todos os dias.

Depois de um mês eu comecei a conversar com um velho amigo; ele me dizia que gostava de mim, mas que tinha uma namorada e ela estava de férias. Então, eu cometi um enorme erro de nos envolvermos. Eu pensava que ele gostava de mim.

Uma semana depois eu recebi um bilhete na escola, a namorada dele e mais 15 pessoas, incluindo ele próprio diziam: Olhe ao seu redor, ninguém gosta de você. Um dia na frente da escola tinham umas 50 pessoas, e então um cara gritou que pelo menos um soco ela deveria me dar. Ela fez isso. Ela me jogou no chão e me deu vários socos. As crianças tiraram fotos e filmaram. Eu estava sozinha e largada no chão.
Eu me sentia uma piada no mundo e pensei que ninguém merecia isso. Eu estava sozinha e tudo isso foi minha culpa. Eu não queria que ele se machucasse, eu pensava que ele realmente gostava de mim. Mas ele só queria sexo. Alguém gritou mais uma vez: dá mais um soco nela. Professores vieram correndo e eu estava caída numa vala. Meu pai me encontrou.

Eu queria morrer. Quando eu cheguei em casa eu bebi água sanitária. Isso me estragou por dentro e eu pensei que iria realmente morrer. A ambulância chegou, me levaram pro hospital e depois me liberaram.
Quando eu cheguei em casa eu vi que tudo estava no facebook. Diziam: ‘Ela mereceu. ’
Ninguém se preocupava. Mudei de cidade, fui para a casa da minha mãe. Outra escola…eu não queria registrar queixa, pois eu queria seguir em frente.

Seis meses haviam passado e as pessoas estavam postando no facebook fotos minhas na vala e eu era marcada nelas.
Eu estava bem melhor, então eles disseram: ‘Ela deveria usar outro alvejante. Eu espero que ela morra’. Eles diziam que esperavam que eu visse isso e me matasse.

Por que isso acontece comigo? Eu errei, mas eles me perseguem. Eu deixei vocês pessoal, eu deixei a cidade… Eu estava chorando constantemente.

Eu me pergunto todos os dias porque eu ainda estou aqui?

A minha ansiedade piorou. Eu não sai nenhum dia neste verão. Todo o meu passado…a minha vida nunca iria ficar melhor…eu não podia ir para a escola. Não podia conhecer e nem estar com pessoas.

Eu estou me cortando com frequência, eu estou realmente deprimida. Estou tomando antidepressivo, indo a um terapeuta e, há um mês neste verão, eu tive uma overdose e estive no hospital por 2 dias.
Me sinto presa. O que restou de mim? Nada pára. Eu não tenho ninguém. Eu preciso de alguém.”



sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Palavras positivas criam filhos felizes

O que falamos aos nossos filhos tem um poder transformador.  E todos os dias, todas as horas, falamos muitas coisas para eles. Que tal usarmos as nossas palavras para criarmos filhos felizes?
Existe um limite entre educar e destruir o seu filho, então esteja sempre atento.

Você é cuidadoso(a) com o que fala aos seus filhos? 

A velha e conhecida frase “palavras o vento leva” não se aplica quando o assunto é educação de filhos.  Cotidianamente escuto adultos profundamente machucados com as duras palavras que escutaram de seus pais quando ainda eram crianças. Infelizmente é mais comum do que imaginamos pais falarem de maneira destrutiva com os seus filhos.

- Você é um burro.
- Para de me irritar, senão você vai apanhar.
- Você é igualzinho ao seu pai, um idiota.
- Você é louco ou surdo? Está me ouvindo? Eu já falei para parar com isso.
- Você está parecendo uma prostituta com esta roupa.

O quê, e como falamos com os nossos filhos faz toda diferença na formação de suas personalidades, autoestima e relações interpessoais (relacionamento deles com as outras pessoas).
Os exemplos acima são extremados e geralmente saem de forma impensada da boca de pais que estão ou são “estressados, mal humorados, mal educados e descuidados.” Muitos pais falam tais frases com uma naturalidade espantosa, como se em nada fossem afetar seus filhos. Mas a verdade é que elas afetam, podem acreditar nisso!

Profecia Auto-realizadora. O que é isso?

Tudo o que falamos aos nossos filhos é como uma programação mental, que pode ser tanto positiva quanto negativa. A programação negativa tem nome e endereço e chama-se: “Profecia Auto-realizadora”. Essa é a expectativa ou o pré-conceito que se cria de algo ou de alguém e, mesmo que ela seja errônea ou diferente da vontade do próprio indivíduo em questão, pode vir a concretizar-se.
Prestemos atenção em quantas vezes profetizamos frases, eventos ou situações para os nossos filhos. Estas vão de simples: “Você vai cair!” até “Nunca confie nos homens!”.

Palavras atravessam gerações

O pior é que estas frases ecoam não apenas na mente de cada pequeno ser que as escuta, mas elas permanecem, tornam-se verdades inconscientes e avançam gerações e gerações à frente. Se eu escutei de meus pais, provavelmente eu falarei aos meus filhos. Se não as mesmas palavras, mas com o mesmo sentido maldoso ou depreciativo. Isso acontecerá até que o ciclo seja interrompido através da tomada de consciência.

Plantando boas sementes e colhendo bons frutos

Todas as frases que ouvimos ao longo dos anos são como sementes que foram plantadas inconscientemente em nossas mentes. Elas brotam e formam a nossa autoimagem, tornando-se parte da nossa personalidade. E isso começa cedo.
Em meu trabalho clinico com crianças, eu pedia para as mesmas se descreverem, e elas me diziam: “Sou uma criança má”, “Faço tudo errado”, “Eu mereço apanhar!”, “Ninguém gosta de mim porque sou muito chata”, etc. Quando eu perguntava por que elas se descreviam dessa maneira, vinha a nada surpreendente resposta: “Oras, meus pais vivem me dizendo isso.”
Somos adultos, sabemos a verdade, não? Bem, pelo menos é isso que as crianças pensam sobre nós.  Que somos os donos da verdade. Se estivermos falando, afirmando ou declarando algo, é porque é verdadeiro. Essa é a verdade para os nossos filhos sobre nós.
Geralmente quando escuto pessoas falando frases oriundas de profecias auto-realizadora, pergunto para elas quando foi que começaram a ouvi-las. Em geral a resposta é a mesma: “Quando eu ainda era uma criança”.
 

Você tem o poder e o dever de criar filhos felizes, então faça isso direito!

Imagine como a sua vida poderia ter sido diferente se você tivesse escutado e acreditado em frases ditas pelos seus pais, como:
- Você é um menino maravilhoso!
- Sinto-me feliz por ser seu pai/mãe!
- Você é tão criativo, fico impressionada com todas as interessantes coisas que saem da sua   mente.
- Você é linda!
- Você se esforça tanto para conseguir o que quer, continue assim.
- Você será feliz fazendo o que ama.

Por que Machucamos os nossos filhos com palavras?

Muitas vezes reproduzimos em nossos filhos situações difíceis que passamos durante a nossa infância, mas temos o dever de interromper este ciclo se desejamos que nossos filhos sejam adultos saudáveis e tenham uma vida emocional equilibrada e feliz.


Interrompendo o ciclo

Se você deseja mudar a maneira de se relacionar com os seus filhos e para eles começar a falar palavras positivas, primeiro pense um pouco a respeito de si mesmo e tente responder as seguintes perguntas:
 - Você costumava escutar profecias auto-reveladora quando criança? Quais eram?  
- Se as escutava como se sentia a respeito?
- Lembrando-se sobre elas nesse momento, perceba se elas ainda fazem parte da sua vida.
- Você continua acreditando nelas?
- Por que as palavras agressivas passaram a fazer parte da educação de seus filhos?
Foto by Lila Rosana

 Criando filhos felizes

Tudo depende da maneira que escolhemos para dizer as coisas. Existe uma pequena história que gosto muito de usar como exemplo.
“Num reino distante morava um rei, sua esposa e seus filhos. De tempos em tempos o rei chamava seu conselheiro visionário para lhe falar coisas as quais o rei não detinha conhecimento. O conselheiro tendo uma visão de futuro do rei, disse: ‘Todos da sua família morrerão antes do senhor meu rei. ’ Furioso com a profecia, o rei manda cortar a cabeça do pobre do conselheiro. Após um tempo, o rei chama outro conselheiro. Este tendo a mesma visão, diz: ‘Viverás mais que todos da sua família meu rei. ’”
Percebem a diferença que faz a maneira como dizemos as coisas?
Em muitos momentos precisamos falar verdades para os nossos filhos e por vezes é necessário que sejamos diretos e francos, mas isso não significa que devemos ser duros ou terríveis com as palavras.

Existe um limite entre educar e destruir o seu filho, então esteja sempre atento.

Se você deseja ensiná-los a fazer coisas corretamente, ou discipliná-la para que se comportem bem em público ou mesmo a ter um bom relacionamento com os amiguinhos, então use positivamente o poder que todos os pais têm e torne seus filhos seres humanos dignos e necessários ao nosso planeta.

Dicas de como falar positivamente com seus filhos:

Fique atento em sempre usar palavras construtivas e nunca destrutivas.

Para disciplinar:

“Ficar chateado por que algo não saiu como você queria é natural, mas procurar outra solução e resolver o seu problema é algo que você pode fazer afinal você é um menino muito esperto.”

“A sua irmã te irrita com estas coisas que ela faz, não é? Bem, você é mais velho que ela e já aprendeu muitas coisas que ela ainda vai aprender, que tal ensiná-la a fazer isso de outra maneira?”

Quando eles se encontram com dificuldades para fazer amigos:

“Os primeiros dias de aula são os mais difíceis para você fazer amigos. Você não conhece ninguém e eles não sabem o quanto você é uma menina legal. Então aproveite este período e observe quais são as crianças que você gostaria de estar mais próxima nas semanas seguintes”

“Por mais que sejamos pessoas legais e interessantes, nem todo mundo irá gostar da gente assim que nos conhecer, dê um tempo para que você conheça as pessoas e elas conheçam você.”

Dificuldade para aprender algo:

“Você é muito esperto e esforçado e já vi você fazendo coisas incríveis, então sei que você será capaz de entender e resolver estas questões de matemática assim que você praticar e estudar mais um pouco.”

Em casos de doenças:

“Você é uma criança forte e saudável, ficar doente de vez em quando é uma maneira que o corpo tem de nos avisar que precisamos descansar um pouco. Então depois que você dormir e relaxar se sentira melhor.”

Valorizando a criança:

“Você foi muito gentil ajudando o seu amigo, tenho certeza de que ele gostou muito disso. Fiquei orgulhosa de você!”

“Você é uma menina cheia de energia e é capaz de fazer muitas coisas em poucas horas, mas que tal diminuir um pouco o ritmo agora que está quase na hora de dormir. Você vai perceber que terá uma soneca mais agradável. Vamos tentar?”

“Que roupa linda você escolheu para vestir. Você é bom para combinar cores.”

“Você toca violão muito bem, fiquei encantada com o som que você emitiu.”


Atenção!
  • Os elogios são úteis para criar crianças mais seguras de si, positivas e felizes, mas fique atento aos sentimentos delas, e não use os elogios sem o bom senso e, seja sincero sempre.
  • Ouça-as primeiro e perceba em quais momentos elogiá-las será útil.  Existem momentos em que os filhos precisam apenas de colo e carinho e um bom ouvido acolhedor. Nestas horas palavras são desnecessárias.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Cinco coisas que os pais não devem dizer aos seus filhos - A Segunda

  • “Você não tem mais idade para isso!” - Sua filha tem dez anos, e você acha que ela está agindo como se tivesse cinco, então você diz para ela: “Pare com isso, você não tem mais cinco anos!” Este tipo de fala tem uma grande relação com a nossa dificuldade de gerir a nossa própria frustração em relação aos nossos filhos. Queremos que eles se comportem de um jeito e eles fazem de outro, então “jogamos a bomba.” O resultado disso? Filhos ouvem seus pais criticá-los num momento em que eles estão tendo problemas. Problemas? Isso mesmo! Quando uma criança se comporta dessa maneira, é uma forma de nos falar: “eu não sei o que fazer com isso! Antes essas coisas não aconteciam comigo.”  
 É claro que num primeiro momento vai lhe parecer um “jogo”  do tipo encenando um papel para conseguir algo. Mas fiquemos atentos a uma coisa: Nós somos os pais e os adultos dessa relação. As crianças ou adolescentes ainda não possuem a suposta sabedoria que podemos (ou deveríamos) ter. Entender como um jogo, um mimo, uma manhã ou algo do gênero, não significa que você tem razão. Precisamos confirmar esta percepção com eles, e para fazermos isso precisamos ser cuidadosos.  Este é o segredo da empatia (perceber os sentimentos das outras pessoas colocar-se no lugar delas para compreender o seu ponto de vista).  Quando criticamos ou simplesmente apontamos que a criança ou o adolescente está se comportando “mal”, perdemos a grande chance de demonstrar empatia para com eles.
Vou dar um exemplo prático para ficar mais claro: Certo dia chamei meu filho de 8 anos para tomar banho, ele me disse “Eu não vou. Não quero tomar banho!” Achei aquela resposta estranha, pois ele geralmente não responde com aquele tom ou daquela maneira a um chamado meu. Naquele momento pensei que ele estava se comportando como um menino de 3 ou 4 anos (lembrem-se: perceber não significa dizer isso para eles). Continuei falando com ele e perguntei “Por que você não quer tomar banho?” – resposta “Por que não!”.  Opa! Algo está acontecendo (pensei), pois ele não costuma responder sem argumentar ou dizer o que deseja. Cheguei perto dele e perguntei: “Hoje aconteceu algo que você não gostou? Na escola, em casa ou com os amigos?”. Esta é uma boa opção de pergunta, pois ela abre um leque de possibilidades de respostas. Ele me olhou com a cara meio zangada e com os olhos cheios de lágrimas e me disse o que havia acontecido na escola.  Ele tinha um problema, não sabia como lidar com ele e, se comportar como uma criança “tola” que não obedece à mãe era só uma válvula de escape.  Conheço o meu filho, sabia que aquele comportamento não era típico dele, então era claro que havia uma razão para tudo aquilo estar acontecendo.  Quando estamos atentos aos filhos, podemos perceber com mais clareza o que está diferente neles e com eles.
Parece difícil usar a empatia ou a percepção? Acreditem no que eu vou dizer. Apenas parece difícil, mas não é! É claro que agir dessa maneira vai exigir um pouco mais de você. Vai exigir paciência e treino. Quanto mais você praticar esta maneira de se relacionar com os seus filhos, mas fácil ela vai se tornar.
Já escutei algumas pessoas dizerem que não tem paciência, que na hora da raiva e difícil lembrar essas “regras de convivência”, que não conhecem sobre psicologia então nunca irão conseguir agir dessa maneira, etc. Bem, eu só tenho uma resposta para quem pensa assim: Se você não deseja ou acha que não consegue ter paciência, se você não quer dedicar seu tempo para um relacionamento mais saudável com os seus filhos, se você não acredita que é possível agir dessa maneira na hora em que “o circo pega fogo”, então talvez você precise pensar se deseja apenas criar seus filhos (dando alimento, lazer, escola, roupas, etc.) ou pretende educar. Educar não apenas para que possam cumprir com as regras sociais ou de etiquetas, mas educar para que se tornem pessoas saudáveis, íntegras e úteis para a sociedade. Tornar-se bom pai/mãe não é difícil, mas é preciso dedicação.

terça-feira, 19 de junho de 2012

5 Coisas que NÃO devemos dizer aos nossos filhos - A Primeira

 Não é nenhum segredo que os pais devem prestar muita atenção em como se comunicam com seus filhos. O que dizem e como dizem faz muita diferença nas relações a curto e a longo prazo. Fiquem atentos às palavras, pois pequenas e não positivas declarações em um momento de raiva ou frustração podem causar um dano maior mais tarde. Palavras ferem e não podem ser retiradas, então tome cuidado.

Ser cuidadoso não significa perder a autenticidade. É claro que podemos falar o que pensamos e sentimos, mas sejamos além de cuidadosos, apaixonados, conscientes e responsáveis com os nossos filhos.

Manter a calma é algo fundamental na relação entre pais e filhos. O que poucos sabem é que a calma é contagiosa e coisas melhores saem de nossas bocas quando paramos de reagir irritados.

Vale a pena lembrar uma coisa: nós estamos ensinando nossos filhos como queremos que eles se comportem em situações diversas, certo? Então é preciso estar atentos ao que dizemos, fazemos e demonstramos a eles.

Precisamos aprender a transformar um momento de frustração em uma lição de vida positiva para todos. Como fazer isso? Bem, eu não tenho receitas, apenas a minha experiência com crianças, adolescentes e seus pais. Baseado nisso, pensei em escrever sobre cinco coisas que os pais não devem dizer para os filhos.

Vocês irão perceber que são frases que provavelmente já disseram antes em um determinado momento para seus filhos. Caso isso tenha ocorrido, por favor, não se sintam culpados, pois educar filhos é um aprendizado contínuo. O importante é tentar fazer e dar o seu melhor sempre.

  •  Falarei a cada dia sobre uma delas para que tenhamos a calma necessária para apreendê-las sem pressa.  Vamos então à primeira.

  1º) Isso não é importante." - As crianças pequenas gostam de   compartilhar detalhes sobre tudo o que acontece com elas, de suas conversas  de recreio com os amigos, da formação de nuvens que pensam parecer com uma serpente, do porquê de espremer um tubo inteiro de pasta de dentes dentro da banheira... Muitas vezes nós pais simplesmente não queremos ouvir esses detalhes.  Não queremos porque achamos que não é importante, porque não temos tempo, etc. Nessas horas, tenha cuidado para não falar desapercebidamente coisas que podem ferir seus filhos.  Quando dizemos “Isso não é importante”, estamos cortando a comunicação com eles e mais, dizemos que algo importante para eles não é tão importante para você.  Já escutei muitos pais reclamarem da comunicação com os filhos adolescentes e, sempre que escuto isso, faço a seguinte pergunta: “Como era a comunicação entre vocês e seus filhos adolescentes quando os mesmos eram crianças?” O que nós pais esquecemos que relacionamento é algo construído em longo prazo e deve evoluir positivamente com o passar dos anos. Se você se comunicava bem com seus filhos quando ainda eram crianças, então você não terá muita dificuldade para continuar se comunicando com seus filhos adolescentes.  Detalhe importante: Se você em um determinado momento você não tem tempo para ouvir atenciosamente aos seus filhos, diga-lhes que em outra hora com mais calma você fará isso. E não esqueça jamais de retomar ao assunto. Fazendo isso, você estará desenvolvendo a autoestima de seus filhos e conquistando a confiança e a admiração deles.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Mães e Filhas

Bem este até pode ser considerado um dos mais intensos e complexos de todos os relacionamentos. 
Até a adolescência, a relação mãe-filha tende a ser próxima e afetuosa. Filhas livremente expressam seu amor e admiração por suas mães. Chegam a dizer:  “Quando eu crescer quero ser como você, mamãe”. Mas durante a adolescência, quando a filha adolescente se depara com a tarefa de diferenciar-se da mãe, a relação mãe-filha pode se tornar um mix de intimidade e distanciamento.

Recentemente escutei o seguinte relato de uma mãe: “Minha filha e eu somos tanto as melhores amigas quanto as piores inimigas. Não há meio-termo. Às vezes, ela confia em mim como uma aliada. Ela quer sair comigo, principalmente quando eu me ofereço para levá-la às compras. Há ocasiões em que conseguimos discutir sobre seu futuro de forma civilizada. Mas em outros momentos, não podemos nem ao menos estar na mesma sala, sem insultarmos uma a outra. Sim, eu admito, às vezes eu sou tão ruim com ela tanto quanto ela é comigo, talvez eu seja ainda pior.”

Garotas adolescentes querem tanto a liberdade de suas mães como manter uma relação próxima com elas. Parece conflitante não? E de fato o é. É uma relação bastante contraditória, principalmente quando as filhas adolescentes estão exercendo sua autonomia em suas tentativas de construir uma auto imagem diferenciada, nesta fase, eles empurram suas mães para bem longe.

O autor John Gray(Homens são de Marte Mulheres são de Vênus) acredita que meninas que mantiveram um relacionamento conflitante com suas mães durante a infância, tendem a ser afastar delas durante a adolescência. E diz mais: "Para desenvolver um sentido sobre si mesmas, meninas adolescentes sentem uma maior necessidade de lutar, desafiar, ou rebelar-se contra o controle de suas mães."
Por outro lado, quando as filhas estão à procura de conexão, eles normalmente voltam para suas mães. Quando a mãe está disponível para este retorno, elas podem viver um dos momentos mais preciosos,grandiosos e íntimos nesta relação.

Uma universidade canadense está desenvolvendo uma teoria interessante sobre este tipo de relacionamento – mães e filhas.  Eles temporariamente chamam de “P M two”, é a relação entre a menstruação (ou period em Inglês) e a menopausa. Estão estudando meninas adolescentes que estão em seu início da menstruação e suas mães entrando na menopausa. O que vem se observando nestes estudos, é que mães e filhas vem passando por mudanças físicas e hormonais praticamente ao mesmo tempo. Esses hormônios e as alterações físicas que acontecem no mesmo período de tempo, são uma receita para a inconsistência interpessoal e conflitos entre essas duas gerações de mulheres.

Uma participante da pesquisa relata: “Havia apenas uma ou duas semanas entre o momento em que experimentei minhas primeiras ondas de calor e minha filha teve sua primeira menstruação. E para mim, a menopausa foi repleta de todos os sintomas - calor, irritabilidade, alterações de humor, até mesmo o zumbido nos ouvidos. Com a minha filha passando por todas as oscilações de seu humor e as mudanças físicas decorrentes da menstruação, éramos como dois gatos de rua presos em um espaço apertado.”

Tem muito o que se falar sobre este tipo de relacionamento, mas o intuito deste texto é chamar a atenção para a dinâmica perigosa que pode existir entre mães e filhas. Quando as mães, em suas tentativas de manter o relacionamento vivo e saudável, podem vir a sufocar suas filhas. As mães precisam aprender a ficar perto e ao mesmo tempo dar às suas filhas o espaço necessário para ser tornarem independentes e criarem a sua própria identidade.