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quinta-feira, 27 de março de 2014

Você sofre de Nomofobia?

nomofobia
Foto retirada da internet
 
Hoje considerada a maior fobia no mundo, a “Nomophobia" é o medo de ficar sem o seu celular e afeta uma grande parte da população mundial.  Ela não escolhe idade e nem sexo, mas é possível ver que os mais jovens são os mais acometidos pela doença.

Estatisticas

O termo é uma abreviação para "não-mobile-fone-fobia".  Pode parecer um estranho medo, ou mesmo um exagero ser considerado esse “simples costume” uma fobia, mas a ansiedade envolta em medo que permeia a doença, torna-a uma das mais frequentes e sutis fobia no mundo atual. Severa porque 66% da população mundial tem apresentado os sintomas (dados revelados através de um estudo feito pela SecurEnvoy – empresa que autenticou e implementou as mensagens de texto via celulares), e sutil porque muitos não admitem ter os sintomas, identificando-os apenas como “uma necessidade de comunicação”.

Andy Kemshall,  co- fundador da SecurEnvoy,  disse: "O primeiro estudo da Nomofobia foi realizado há quatro anos e revelou que 53% das pessoas sofreram com a condição. O mais recente estudo revelou que a média subiu para 66%  e não mostra nenhum sinal de diminuir”.

Sobre o medo

É importante ressaltar que no meio médico e de saúde mental, definimos a fobia como um " medo irracional " que vem com uma enorma carga de ansiedade. Fundamentada nessa definição, sugiro que pensemos na ansiedade que frequentemente os nomofóbicos são acometidos quando estão sem seus celulares.  É claro que num mundo onde todos estão conectados, sentir ansiedade por estar “desconectado” pode ser algo compreensível, mas não natural.

Sintomas

Caso você queira saber se está na zona de risco da nomofobia ou mesmo já esta dentro da doença, sugiro que fique atento aos seguinte sinais:
  • Checar o telefone mais de 30 vezes ao dia;
  • Estar sempre com o celular perto de você,
  • Levar o aparelho ao banheiro com você,
  • Nunca desligar o telefone;
  • Ter medo de perder o aparelho ou de ficar sem bateria ou mesmo
  • Estar sempre carregando a bateria com medo de ficar com o aparelho desligado;
  • Ter obsessiva verificação de chamadas perdidas, e-mails e mensagens de textos,
  • Checar mensagens no meio da noite,
  • Acordar com o telefone nas mãos.
A cura para a nomophobia.  Existe algum app para isso?

A frase é de uma amiga nomofóbica (que me autorizou publicar a mesma neste texto) Ela brincando com a própria situação chegou para mim e me disse: “Lila descobri que sou nomophobia, agora só preciso descobrir se existe algum app para me livrar disso.”
Se você deseja ter uma relação saudável com seu smartphone e livrar-se de um estado de ansiedade permanente, então sugiro que você siga as seguintes dicas:
  • Desligue seu telefone todas as noites;
  • Coloque-o em outro comôdo (não vale deixar embaixo do travesseiro);
  • Durante o dia, não o mantenha proximo de você. Deixe-o na bolsa/pasta/mochila ou em algum lugar distante de você.  Assim, você diminuirá o impulso de checá-lo a cada segundo.
  • Estabeleça determinados horários para checá-lo, por exemplo: no seu horário de almoço, no seu intervalo para um café ou uma hora antes de qualquer compromisso que você tenha marcado.
  • Evite levá-lo com você para todos os comôdos da casa. Lembre-se: seu telefone não é uma extensão do seu corpo, então ele não precisa estar acoplado a você.
  • Em encontros presenciais com amigos, familiares ou mesmo amorosos, desligue seu celular. Lembre-se que a pessoa que está na sua frente é mais importante que seu telefone. Não vale colocar no vibercall, pois se ele vibrar, a sua nomofobia irá impulsionar você a dar uma olhadinha nele.
  • Evite direcionar todas as suas mensagens para o seu celular, tipo as de e-mail, do facebook ou de outras redes de comunicação. Caso seja impossível, discipline seus amigos fazendo-os entender que não é porque eles lhe mandaram uma mensagem, que você terá que respondê-la imediatamente. Tenha seu tempo, não o deles. Então seja firme no fato de estabelecer horário para checar o seu celular.
  • Aprenda a diferenciar o que é urgente do que é apenas um vício, não apenas seu, mas de seus amigos também. Existem pessoas que pela atual facilidade tecnológica, vivem mandando msn de texto e esperam que você faça o mesmo. Não cai nessa armadilha. Seu tempo é precioso e saiba usá-lo com inteligência.
  • Entenda que no começo será mais difícil seguir as dicas acima, mas persista e perceberá que seu estado de ansiedade diminuirá e você se sentirá com mais tempo livre e menos angustiada.
Existe muito mais para ser falado sobre o tema, mas deixarei para futuras postagens.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Uma história que precisa ter fim

Hoje recebi um triste e-mail de uma amiga que me contava sobre um grave acidente de carro que seu filho mais velho sofreu. Ele está em coma induzido, e ela é claro, desolada! Infelizmente o seu filho é usuário de drogas... Sei de todos os esforços que a minha amiga fez para que ele abandonasse este terrível vício. Desejamos que em breve isso possa acontecer.

Cito a história dela como um exemplo dentre muitos que acontecem em diversas famílias no mundo inteiro. Por isso digo que nunca é cedo ou tarde demais para orientarmos os nossos filhos sobre a vida, e principalmente sobre o uso de drogas...

Ontem, o meu pequeno perguntou sobre o que era o cigarro. A sua pergunta saiu da seguinte maneira: "Mamãe, o que é esse negocinho branco e fino que as pessoas põem na boca e sai fumaça?" 
Atenção! Fiquem atentos para as perguntas que seus filhos fazem e aproveitem elas ao máximo para informar, formar moralmente e educar os seus pequenos. Esses momentos de questionamentos, são verdadeiros sinais de que a criança está preparada para receber a informação. 
Expliquei ao meu filho o que era o cigarro e mostrei fotos na internet. Cada foto foi um questionamento e uma oportunidade para educar. 
Hoje ele estava assistindo TV e passou uma propaganda de cigarro. Ele falou: mamãe, aquele homem está fumando cigarro e vai ficar doente! Essa fala foi a minha certeza de que a nossa conversa teve efeito positivo.

Tem uma maravilhosa história em quadrinho de Maurício de Sousa sobre o uso de drogas. Leia para o seu filho. Acredite, ele lembrará dela na hora em que algo semelhante ocorrer.
Acesse o site para ler a historinha. http://www.monica.com.br/institut/drogas/#top
Bom Proveito!
Lila

quinta-feira, 19 de março de 2009

Filhos de Pais Alcoolistas e a Relação de Co-dependência


Trago este tema, pois esta é uma realidade para muitas famílias brasileiras. Muitas vezes nem mesmos os filhos sabem reconhecer se seus pais são ou não alcoolistas, apenas observam que seus pais bebem um pouco demais e ficam “diferentes”. Isso se dá devido a relação álcool e família ser protegidas dentro do lar. Para percebermos isso é só observarmos quantas pessoas bebem dentro de casa, em festas familiares, no dia a dia. Não falo de um copo de vinho no jantar, falo de uma grande quantidade de bebida. Um exemplo de proteção a que me refiro aparece nas falas do tipo: “Pelo menos está bebendo dentro de casa e não na rua”, “Prefiro que beba em casa, pois é mais seguro”. Por isso, a criança ao se tornar adulta tem dificuldade em reconhecer se um dos seus pais era ou é um alcoolista, e na maioria das vezes esse reconhecimento vem devagar, é uma percepção que vem com o tempo, quando vem. Para muitos, reconhecer que um membro da família é alcoolista, quebra regras familiares e viola o silêncio que emudece as famílias amedrontadas e revela segredos que foram mantidos escondidos por anos.

O que muita gente não sabe é que o alcoolismo é uma doença com várias classificações. Vou me referir aqui a física e a mental. É uma doença física, pois nem todo mundo que bebe igual quantidade de álcool se torna dependente. Algumas pessoas experimentam “blackouts” (falhas de memória) na primeira vez que fica bêbada. Num outro nível, alcoolismo é uma doença mental, uma vez que pessoas se tornam fisicamente dependentes do álcool, mesmo que num grau mínimo, suas funções mentais ficam alteradas. Elas já não podem sentir emoções intensamente nem podem pensar com o máximo de clareza.

É claro que todo consumo excessivo de álcool gera problema não só para o individuo ou para a sociedade, mas em especial para a sua família. E, em toda família que existe um alcoolista existe a relação de Co-dependência*. Mas o que é isso? Timmen L. Cermak nos dá a seguinte explicação para a co-dependência: “Quando duas pessoas (ou duas nações) se tornam interdependentes, ambas concedem ao outro poder sobre seu bem estar. Por outro lado, quando duas pessoas se tornam co-dependentes, ambas dão ao outro poder sobre sua auto-estima. Quando alguém falha com você numa relação de interdependência, você padece uma perda de dinheiro, tempo, etc. Mas quando alguém falha com você numa relação de co-dependência, você padece uma perda de auto-estima”.
O exemplo abaixo demonstra as relações distorcidas que existem numa família alcoolista, e o papel que todos os membros da família desempenham na manutenção dessas distorções.

Um casal senta-se no consultório com suas costas ligeiramente voltadas um para o outro. Seu filho mais velho, quase às lágrimas, está sentado entre eles. Eles não falam abertamente sobre o que está acontecendo. Os pais negam sentir qualquer coisa. O filho parece ter medo de chorar e insiste que as coisas estão melhores, agora que a bebedeira parou. Um dos pais olha para o filho com desprazer. O outro olha com pena e estende a mão para segurar o filho que se retrai”.
Quem é o alcoolista na família? Poderia ser qualquer um dos três. Faz alguma diferença? Há algo em comum no comportamento dessas pessoas. Este algo é chamado co-dependência.

“Co-dependentes vivem de acordo com um conjunto de regras não faladas, que validam e legitimam a crença de que seu senso de auto-estima depende de como se comportam os que lhes são próximos. A fim de se sentir bem a respeito de si mesmo, eles direcionam suas energias para fazer outros felizes. Eles se bajulam dizendo que são amorosos, ajudadores e que estão salvando alguém. A verdade é que eles estão tentando controlar a vida de outra pessoa, num esforço de tornar suas vidas mais seguras. Nesse processo, eles dão ao outro um grande poder sobre si mesmos.” Timmen L. Cermak.

A relação de co-dependência não acontece apenas com pessoas que não se dão bem, mas em relações aparentemente saudáveis, o que a torna mais difícil de ser identificada. Como a relação acontece?
Por exemplo: começa quando uma pessoa com baixa auto-estima se junta a outra e esse tipo de situação permite a duas pessoas, que são incapazes de se sentir bem consigo mesmas, conseguir uma sensação de auto-aceitação através de sua conexão uma com a outra. Os laços entre co-dependentes transformam-se em limitações. Mais tarde os dois poderão se sentir aprisionados por sua inabilidade de tolerar rejeição e exauridos pelo peso da responsabilidade, pela segurança e felicidade do outro. Sua intolerância à rejeição literalmente os tranca dentro de uma relação de co-dependência.

A relação de co-dependência aparece em muitas relações, não é um privilegio das famílias que possuem um membro alcoolista.

Cito abaixo cinco características de relação de Co-dependência:

1- Co-dependentes mudam quem eles são e o que estão sentindo para agradar aos outros.
2-Co-dependentes se sentem responsáveis por preencher as necessidades de outra pessoa, mesmo que à custa de sua própria necessidade;
3- Co-dependentes têm baixa auto-estima;
4- Co-dependentes são movidos por compulsões;
5-Co-dependentes fazem o mesmo uso da negação e da relação distorcida com a força de vontade que é típica de alcoolistas ativos e de dependentes de outras drogas.

As cinco características da co-dependência apresentadas aqui podem ajudar você a identificar qualquer tendência em si mesmo para ser co-dependente. Acima de tudo, co-dependência é uma sensação interna.
Tal qual o alcoolismo, faz pouca diferença se alguém está colocando a etiqueta em você. O que importa é se você sente que a etiqueta lhe cabe.
Talvez a definição de um co-dependente seja mais bem expressa pelo dito “Quando um co-dependente está morrendo, o que passa diante de seus olhos é a vida de uma outra pessoa”.
Desejo que a sua vida passe diante dos seus olhos, não na hora da sua morte, mas no auge da sua vida!

Um Abraço!
Lila
____________________
*A definição científica de co-dependência: Necessidade imperiosa em controlar coisas, pessoas, circunstâncias/comportamentos na expectativa de controlar suas próprias emoções.

Fontes que ajudaram na postagem:
Sede de Plenitude – Christina Grof – Editora Rocco
Sobre Adultos Filhos de Alcoolistas - Timmen L. Cermak, M.D (livro ainda não editado para o português).
Site: http://www.alcoolismo.com.br/