Mostrando postagens com marcador Empatia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Empatia. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Ensinando e transmitindo empatia aos filhos

Amizade 2
Tenho um filho de 9 anos que me ensina todos os dias sobre a arte da maternidade. Com esses aprendizados tenho percebido que meus argumentos com ele precisam ser mais consistentes e que a minha empatia precisa ser mais eficaz, pois em muitos momentos ele me questiona ordens e atitudes minhas, e em outros me faz pensar sobre como ele se sente em determinadas situações. Já escutei ele me questionar: “Você já parou para pensar como eu me sinto?”. Minha resposta para ele sempre é: “Claro filho, eu sempre penso sobre como você se sente”. Ai ele me presenteou com a seguinte frase: “Então sinta o que eu sinto”.
 
Os nossos filhos frequentemente nos “cobram” empatia, mesmo não tendo a clareza de que o estão fazendo. Eles anseiam por compreensão e entendimento, e nós pais somos os responsáveis para ensinar isso a eles. O que é a empatia? Empatia fala sobre “Ver através dos olhos do outro”. Essa é uma boa e simples definição, mas que para ser um pouco mais completa é importante ter a continuação: “Colocar-se no lugar do outro”. Ver o mundo do outro pelo olhar dele e colocar-se temporariamente no lugar e perceber como a pessoa se sente, é um excelente exercício de empatia.
 
Empatia é diferente de Simpatia
 
Algumas pessoas confundem empatia com simpatia. Apesar da quase similaridade das palavras, o significado é completamente diferente. A simpatia é um sentimento de piedade por outra pessoa; ser empático é entender a perspectiva da outra pessoa, colocar-se no lugar dela e ver o mundo através dela.
 
Pais e Filhos Empáticos
 
Na relação pais e filhos, a empatia significa que quando os pais interagem com seus filhos, eles acabam treinando os mesmos a ter e receber empatia; isso se o fizermos da maneira correta. Muitos pais se consideram empáticos e se enchem de orgulho dizendo: “Somos empáticos com nossos filhos e sempre olhamos o mundo pelos olhos deles”. Será?
 
Ao longo do meu trabalho com pais e filhos, descobri que é muito mais fácil sermos empáticos com aqueles que pensam e agem de acordo com o que queremos e acreditamos. A parte desafiadora vem quando precisamos ser empáticos em momentos em que não concordamos com o ponto de vista, ação ou atitude de nossos filhos.
 
Pense numa vez que ficou chateado com seus filhos devido a algo que eles fizeram que você não gostou ou não concordou. Como agiu? Você foi empático? Ou simplesmente ficou aborrecido e esqueceu de pensar sobre como eles estavam se sentindo? Ou melhor, deixou de sentir como eles se sentiam.
 
Se quisermos que nossos filhos nos escutem e aprendam conosco, se desejamos que eles desenvolvam uma personalidade confiante e sejam empáticos, então precisamos pensar sobre como os abordamos e como as nossas palavras e ações são percebidas por eles.
 
O que a empatia nos oferece?
 
Com e através dela, podemos com mais clareza entender a visão e o mundo de nossos filhos e a reagir de uma maneira a criar um clima no qual eles aprendam conosco ao invés de se ressentirem. Filhos magoados e tristes não costumam pensar nos pais como exemplos para a vida, na verdade eles pensam em como não desejam ser. Isso poderia ser positivo se não estivesse vindo de uma relação entre pais e filhos. Em outros relacionamentos pode até funcionar. Por exemplo, alunos que não gostam da postura de um professor e decidem para si mesmos que não agirão assim quando se tornarem adultos e profissionais é uma maneira positiva desse aprendizado “não quero fazer e nem ser como você faz e é”. Mas na relação parental, se os filhos veem os pais apenas como modelos a não seguir, eles perdem a referência para uma vida adulta, e podem se sentir sozinhos e perdidos.
 
Nós pais somos a base, o alicerce para os nossos filhos. Costumo usar uma metáfora para definir essa relação: Todo prédio é construído sobre um alicerce que depois de pronto não a vemos mais, mas ela continua ali. Se o prédio se manteve de pé, firme e majestoso por anos, então sabemos que ele foi construído em bases sólidas. Mas se o prédio desaba sabemos que algo durante o processo de construção não foi bem feito. Assim é a nossa relação com nossos filhos e a empatia nos ajuda a dar uma base sólida para ela.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Cinco coisas que os pais NÃO deveriam dizer aos seus filhos - A Quarta

"Você ainda não entendeu?” - Você já ensinou o seu filho como pegar uma bola de handball cinco vezes, ou como somar e subtrair frações inúmeras vezes. Ele mostra sinais de que não está entendendo ou de que está tendo dificuldades para fazer o que você ensina, se a partir disso, você apressadamente pergunta: "Você ainda não entendeu?" Podemos não nos dar conta disso, mas este é um comentário degradante.  Se a criança “tem que entender algo que você está tentando ensinar, ela irá querer desesperadamente fazer algo para agradar você, para que atenda as suas expectativas.
 
Dificilmente a frase “você AINDA não entendeu isso? Vem com um tom de voz gentil ou empático, se assim o fosse essa frase não teria sentido ou razão para sair da sua boca. Ela deixa implícitos os seguintes comentários de julgamentos: “Por que você não consegue fazer isso?” - “O que há de errado com você?”  Ao falarmos dessa maneira, penso que não temos a intenção de dizer tais frases aos nossos filhos, mas é dessa forma que eles as entendem, então tomar cuidado com o que falamos é mais que importante, é vital aos nossos filhos. Palavras não apenas ferem, elas destroem muita coisa dentro de nós: o carinho pelos pais, o respeito por si e pelos outros, a autoestima, a consideração, a imagem positiva de si e dos outros e por ai vai – a lista é imensa.
Certa vez escutei de um menino de seis anos a seguinte frase: “mamãe disse que sou burro e louco”. Perguntei para ele como foi a frase que ele escutou da mãe, e ele me respondeu. “A frase foi assim: você não percebe que isso que você fez foi uma burrice? Foi uma loucura!” Bem, esta frase é agressiva até para um adulto escutar, apesar de termos um “crivo auditivo” que seleciona palavras e significados antes de chegar a um entendimento final. Agora imaginemos isso para o ouvido de uma criança que ainda não tem esta capacidade de discernir metáforas. Faz pequenos estragos, não?
Dica: Se você está cansado de ensinar determinadas coisas aos seus filhos, então dê uma pausa para todos. Diga: “Ok, vamos dar um tempo, acho que todos estamos um pouco cansados, vamos fazer algo diferente e daqui a X tempo voltamos, certo?” Provavelmente você vai ouvir: “Oba mamãe!” ou “Claro! Voltamos depois do lanche” “Ufa! até que enfim uma pausa, já estava cansado disso!” (esta é a favorita do meu filho).
Caso você perceba que ensinar não é a sua melhor qualidade, procure alguém que possa fazer isso por você, assim desgastes emocionais e relacionais serão evitados e o aprendizado acontecerá de maneira saudável para todos.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Cinco coisas que os pais NÃO deveriam dizer aos seus filhos - A Terceira

3- "Peça desculpas!" – Seu filho de 2 anos pega o brinquedo de outra criança e isso a faz chorar. Você instantaneamente diz para ele: “Devolva o brinquedo e peça desculpas ao amiguinho!” É claro que você está tentando ensinar ao seu filho a ter compaixão e a ser educado com os outros, o que é um objetivo louvável.  Mas "forçar” uma criança pequena a pedir desculpas não vai ensiná-la a ter essas habilidades sociais.
Crianças pequenas não entendem automaticamente o porquê de elas terem que se desculpar.  Quando você “obriga” uma criança a dizer que está arrependida, isso pode atrasar a aceitação natural dela de desculpar-se com alguém. Como assim? Vamos pensar juntos. Pedir desculpas é mais que um gesto gentil, é uma capacidade de sentir compaixão pelo outro, de sentir empatia, de perceber que o que fizemos machucou outra pessoa, então quando automatizamos este gesto com os nossos filhos pequenos, eles não assimilam no tempo deles, a grandeza do “pedir desculpas a alguém”.

Os primeiros aprendizados de uma criança são através dos exemplos que veem, principalmente os exemplos das pessoas que estão próximas, das que cuidam delas no dia a dia. Com isso, os pais são os melhores modelos para ensinar através do exemplo.

Quando você se desculpa com alguém e a sua criança vê isso, ela vai aos poucos percebendo o rico significado da palavra e da ação. Quando você se desculpa com os seus filhos, eles vão sentir “na pele” como é bom ser compreendido e ser acolhido. Estas são as principais maneiras de ensinar “o desculpar-se” aos seus filhos pequenos. Lições aprendidas nos primeiros anos de vida vão caminhar com eles nos demais dias da sua existência. Mas atenção, depois que eles crescem, é a hora de lembra-los do aprendizado obtido lá atrás. Isso serve para as ocasiões em que uma criança de 6 anos faz algo e não se desculpa, aí sim cabe a sua observação a ele: “Filho, cadê a palavrinha mágica?.”  

Dica: Para começar a ensinar aos pequeninos sobre a desculpa nos relacionamentos com os outros (além do exemplo, é claro) tente desculpar-se com a outra criança, isso ajudará o seu filho a entender emocionalmente todo o processo. Esta é uma maneira de modelar o comportamento que você está tentando incentivar. Mas antes se certifique que você está em situações em que um pedido de desculpas é realmente necessário, para que o seu filho não se sinta injustiçado. Se ele não fez nada, mas você entendeu que sim, e pede desculpas por ele, isso poderia gerar um sentimento de injustiça na criança: “Poxa, eu não fiz nada!”

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Cinco coisas que os pais não devem dizer aos seus filhos - A Segunda

  • “Você não tem mais idade para isso!” - Sua filha tem dez anos, e você acha que ela está agindo como se tivesse cinco, então você diz para ela: “Pare com isso, você não tem mais cinco anos!” Este tipo de fala tem uma grande relação com a nossa dificuldade de gerir a nossa própria frustração em relação aos nossos filhos. Queremos que eles se comportem de um jeito e eles fazem de outro, então “jogamos a bomba.” O resultado disso? Filhos ouvem seus pais criticá-los num momento em que eles estão tendo problemas. Problemas? Isso mesmo! Quando uma criança se comporta dessa maneira, é uma forma de nos falar: “eu não sei o que fazer com isso! Antes essas coisas não aconteciam comigo.”  
 É claro que num primeiro momento vai lhe parecer um “jogo”  do tipo encenando um papel para conseguir algo. Mas fiquemos atentos a uma coisa: Nós somos os pais e os adultos dessa relação. As crianças ou adolescentes ainda não possuem a suposta sabedoria que podemos (ou deveríamos) ter. Entender como um jogo, um mimo, uma manhã ou algo do gênero, não significa que você tem razão. Precisamos confirmar esta percepção com eles, e para fazermos isso precisamos ser cuidadosos.  Este é o segredo da empatia (perceber os sentimentos das outras pessoas colocar-se no lugar delas para compreender o seu ponto de vista).  Quando criticamos ou simplesmente apontamos que a criança ou o adolescente está se comportando “mal”, perdemos a grande chance de demonstrar empatia para com eles.
Vou dar um exemplo prático para ficar mais claro: Certo dia chamei meu filho de 8 anos para tomar banho, ele me disse “Eu não vou. Não quero tomar banho!” Achei aquela resposta estranha, pois ele geralmente não responde com aquele tom ou daquela maneira a um chamado meu. Naquele momento pensei que ele estava se comportando como um menino de 3 ou 4 anos (lembrem-se: perceber não significa dizer isso para eles). Continuei falando com ele e perguntei “Por que você não quer tomar banho?” – resposta “Por que não!”.  Opa! Algo está acontecendo (pensei), pois ele não costuma responder sem argumentar ou dizer o que deseja. Cheguei perto dele e perguntei: “Hoje aconteceu algo que você não gostou? Na escola, em casa ou com os amigos?”. Esta é uma boa opção de pergunta, pois ela abre um leque de possibilidades de respostas. Ele me olhou com a cara meio zangada e com os olhos cheios de lágrimas e me disse o que havia acontecido na escola.  Ele tinha um problema, não sabia como lidar com ele e, se comportar como uma criança “tola” que não obedece à mãe era só uma válvula de escape.  Conheço o meu filho, sabia que aquele comportamento não era típico dele, então era claro que havia uma razão para tudo aquilo estar acontecendo.  Quando estamos atentos aos filhos, podemos perceber com mais clareza o que está diferente neles e com eles.
Parece difícil usar a empatia ou a percepção? Acreditem no que eu vou dizer. Apenas parece difícil, mas não é! É claro que agir dessa maneira vai exigir um pouco mais de você. Vai exigir paciência e treino. Quanto mais você praticar esta maneira de se relacionar com os seus filhos, mas fácil ela vai se tornar.
Já escutei algumas pessoas dizerem que não tem paciência, que na hora da raiva e difícil lembrar essas “regras de convivência”, que não conhecem sobre psicologia então nunca irão conseguir agir dessa maneira, etc. Bem, eu só tenho uma resposta para quem pensa assim: Se você não deseja ou acha que não consegue ter paciência, se você não quer dedicar seu tempo para um relacionamento mais saudável com os seus filhos, se você não acredita que é possível agir dessa maneira na hora em que “o circo pega fogo”, então talvez você precise pensar se deseja apenas criar seus filhos (dando alimento, lazer, escola, roupas, etc.) ou pretende educar. Educar não apenas para que possam cumprir com as regras sociais ou de etiquetas, mas educar para que se tornem pessoas saudáveis, íntegras e úteis para a sociedade. Tornar-se bom pai/mãe não é difícil, mas é preciso dedicação.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Expressando a Raiva

Todos nós já vimos uma criança com raiva. Se você ainda não viu uma, espere até ter um filho... Elas não estão nem um pouco preocupadas em esconder esse sentimento. Quando estão iradas a fisionomia, postura corporal, o tom de voz e os gestos mudam. Aquele anjinho vira uma fera. O primeiro impulso delas é bater, chutar e gritar.

A raiva é importante e natural, mas não podemos permitir que nossos filhos saiam batendo em todo mundo que encontram pela frente em um acesso de raiva. Eles precisam saber diferenciar entre raiva e violência. Violência é a raiva que saiu errado.

Então como podemos ajudar os nossos filhos a estarem confortáveis com esse sentimento?

Costumo dizer que a raiva tem voz e uma razão. Estimule a criança a dizer em voz alta que está com raiva e por que. Ex: “Eu estou com raiva de você porque não me deixou brincar no computador!”. Entender a raiva e um treino e pode levar algum tempo, então tenha paciência e persistência.

Quando as crianças não conseguem dizer o motivo da raiva, você pode dar uma ajudinha. Ex: “Você acha que eu cheguei tarde demais do trabalho hoje? É por isso que está chateado?”

Escute a raiva de seus filhos. Entenda que eles não querem lhe desafiar e nem medir forças, querem apenas ser ouvidos, compreendidos.
Certo dia meu filho ficou muito bravo comigo porque eu não queria deixá-lo fazer algo que me parecia perigoso. Ele muito irritado gritou: “Vou embora dessa casa e não volto mais!” Penso que ele queria me dizer: “Estou com muita raiva de você, principalmente quando não me deixa fazer o que eu quero. Deve ter um lugar melhor para morar” (ou algo assim). Diante daquela fala percebi que precisávamos conversar e deixar algumas coisas esclarecidas. Abaixei-me na altura de seus olhos e lhe disse: “Se você for embora desta casa eu irei junto, pois você é muito importante para mim e vou sentir a sua falta”. Ele me abraçou e chorando disse: “Mas mamãe, você não me deixa brincar”. Conversamos sobre o que aconteceu e naquele momento tudo ficou bem. Mas, não pensem que a cena não se repetiu (Lembram que entender e expressar a raiva é um treino?). Houve outras situações onde ele ficou com raiva e não soube se expressar. Hoje em dia, ele já consegue dizer: “Estou com raiva por (tal motivo)”.

Você é o melhor modelo a seguir para seus filhos, então seja bom nisso. Dê o exemplo! Filhos aprendem melhor sobre a raiva quando tem pais expressivos, muito mais do que com pais sempre contidos. As crianças precisam saber que seus pais são humanos. Quando você estiver com raiva, expresse isso a elas sem insultá-las ou maltratá-las, é claro. Diga as razões da sua raiva e use o tom de voz firme. Ex: “Estou brava com você porque não cumpriu o nosso acordo”. Expressar as nossas emoções de maneira saudável vai nos ajudar a educar os nossos filhos com respeito, empatia e amor.

Abraços,
Lila

domingo, 18 de abril de 2010

Honestidade vem de berço!

Tenho um princípio básico na educação do meu filho: Que ele seja Honesto, Justo e Bom. Porém, é uma missão árdua... Principalmente na sociedade em que vivemos, onde a desonestidade virou senso comum. É claro que existem exceções, mas não estou me referindo a minoria e sim ao grande número que cresce, não apenas no Brasil, mas no mundo.

A revista Seleções do Readers Digest fez uma pesquisa em trinta e um países para testar a honestidade das pessoas. Não, o Brasil não ficou em primeiro lugar e sim em décimo quarto... Bem, não somos os mais desonestos do mundo, o que pode ser um pequeno alívio, mas não a solução.

A pesquisa consistia em “esquecer" trinta celulares em locais estratégicos para ver quem os devolvia. A China ganhou o titulo de país mais desonesto. Foram recuperados apenas treze celulares. Segundo a pesquisa, uma das pessoas ao invés de devolver, deu o celular para o filho pequeno, só porque ele pediu... Em Hong Kong, um guarda que achou um celular, disse ao ser questionado: Que celular? Ele estava segurando o telefone.

A honestidade é uma questão de educação, mas infelizmente até mesmo pessoas que foram rigorosamente educadas podem vir a desenvolver a desonestidade. Por que isso acontece? Muitas vezes por ambição, desejo de ter o que não se pode comprar, enriquecer sem fazer esforço ou à custa do dinheiro do outro. Segundo a especialista em saúde mental, Bianca Bortolini Florsz existe três fatores que podem levar a desonestidade. Primeiro por desvio de caráter, esse nasce com a pessoa indiferente da educação e estrutura familiar; segundo é característica de personalidade, esse pode ser revertido e terceiro o comportamental, que se desenvolve devido ao meio em que vive.

Há também quem seja desonesto por doença, como roubos compulsivos. São os Cleptomaníacos. A cleptomania é um transtorno no controle do impulso. Essa doença não escolhe classe social e geralmente é diagnosticada na idade adulta.

Ser desonesto não é somente roubar, mas também levantar falso testemunho, conseguir as coisas passando por cima de outras pessoas, fraudar, não ser digno, não ter caráter e enganar. No dicionário o conceito da palavra desonesto significa: Quem não tem honestidade, indigno, torpe, desprezível, impudico, devasso.

Nesta semana fui vítima de uma situação desonesta: O meu telefone fixo ficou mudo por um longo período de dias, quase uma semana depois veio um técnico e o “consertou”. Dois dias depois, o mesmo problema; novamente chamamos o técnico da telefonia e o mesmo argumentou com o meu marido que o problema era no cabo, que precisaria trocar e que esse serviço precisava ser pago. Meu marido acreditou na conversa e concordou com o serviço e pagamento. Ao saber da situação, achei tudo estranho, primeiro pelo serviço ser cobrado, já que pagamos mensalmente uma taxa para manutenção, segundo porque não nos foi dada nenhuma nota fiscal de serviço. Para tirar a dúvida, liguei para a central de atendimento confirmando se o procedimento efetuado pelo técnico era devido. Como suspeitava, não era. Abri uma reclamação contra o profissional e solicitei o meu dinheiro de volta. Dentro de três dias úteis terei uma resposta sobre qual será a solução que empresa dará ao meu problema. Para a minha surpresa, no final do dia adivinhem quem me liga? O técnico! Aquele que cobrou um valor indevido por um serviço que era a sua obrigação de fazer. Com muita ousadia, ele liga em meu celular (usou um dado da empresa para uso pessoal – outra desonestidade) e me questionou por que eu reclamei contra ele. Se o problema era o dinheiro ele me devolvia. Disse mais... Que eu havia lhe prejudicado, pois ele era um pai de família. Bem, é claro que ele ouviu algumas verdades e provavelmente nunca mais ousará me ligar novamente. Ao desligar o telefone, fiquei por alguns minutos pensando no que havia acontecido. Eu fui enganada, reclamei por isso e o autor do “crime” me liga questionando. Meu Deus! Pensei logo em seguida. É assim que a mente de uma pessoa desonesta funciona. Ele acha que tem razão, um bom motivo para fazer o que faz e que não está fazendo nada que não possa ser desfeito mais tarde. A empatia, a consciência por si e pelo outro, a dignidade e todos os demais valores que agregam à honestidade não fazem o menor sentido para uma pessoa desonesta.
Esses valores são aprendidos em casa, somos nós os pais que devemos dar o bom exemplo. Mas o moço que citei disse ser “um pai de família”. Que tipo de educação ele recebeu e dá aos seus filhos? Lembrei do guarda da pesquisa que encontrou o telefone e entregou ao filho...

O vídeo abaixo nos mostra uma situação onde o exemplo dos pais é seguido.
Nós somos referência para os nossos filhos. Sejamos então a melhor referência que eles podem encontrar.
Obs: No final da página tem um teste de honestidade. Experimente fazer!
Abraços,
Lila

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Educação nos dias atuais...

Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável: "Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?".
Certo dia eu escutei uma história de arrepiar os cabelos. Decidi compartilhar com vocês, pois tenho certeza de que já ouviram algo parecido. Ela é um bom exemplo sobre como podemos estar educando mal os nossos filhos e no caminho da destruição (deles, de nós mesmos e do planeta).
Estava em um consultório médico para uma consulta de rotina. É um médico que frequento a muito tempo e sempre conversamos. Começamos a conversar sobre educação dos filhos. O doutor me contou um evento que ocorreu com ele e seu filho há alguns anos atrás: O filho e alguns amigos estavam cometendo pequenos furtos nas lojas vizinhas ao colégio, pegos, foram levados à diretoria do colégio que prontamente decidiu chamar os pais para uma conversa e orientação. Neste encontro, o caso ocorrido foi relatado e para a surpresa de alguns e a certeza de outros, alguns (a maioria) dos pais sentiram-se indignados com a escola por terem sido chamados, tirados de seus locais de trabalho, onde são muito ocupados para uma conversa tola e inútil. Perguntaram à diretora: "Qual é o problema? é pagar o que eles pegaram? se for isso deixe que eu pago o prejuízo, para mim dinheiro não é problema..." Muitos pais compartilharam da indignação e postura desses pais e tiveram a mesma atitude, com exceção do referido médico, que disse que iria conversar seriamente com o filho e tomar providencias para que isso nunca mais ocorresse. Todos foram embora para suas vidas ocupadas, quase ninguém fez nada a não ser o doutor, que conversando com a esposa, decidiram afastar o filho do colégio (e dos amigos); tiveram uma conversa nada agradável e lembraram ao filho quais eram os valores daquela família. Relutante o filho adolescente brigou com o pai, odiou a mãe, fez uma confusão daquelas, mas seus pais certos do que deveriam fazer, mantiveram a decisão. "Foi uma decisão difícil, abalou a relação familiar, mas era o que tinha que ser feito" (disse o médico). Alguns anos após o evento, lá está o filho assistindo um programa local na TV, quando ouve e vê a notícia de contrabandistas e usuários de drogas sendo presos, ele reconhece os ex-amigos da adolescência e chama o pai para ver aquilo. O pai pergunta: "Você lembra o que aconteceu entre você e esses rapazes? porque saiu do colégio? O filho disse que não lembrava e o pai contou toda a história... o filho em lágrimas agradeceu ao pai e lhe disse: "Espero que eu seja para os meus filhos o mesmo que o senhor foi para um mim".
Uma criança que aprende sobre respeito, consideração, honra e honestidade dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive... O papel da escola é passar o conhecimento, e não a educação, esta é dever dos pais.
Abraços,
Lila

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Aprenda a tratar bem os seus filhos

 As crianças possuem algo de mágico. Elas são capazes de transformar qualquer coisa em arte, beleza e amor. A espontaneidade é surpreendente e a sinceridade que permeiam as suas ações, mais ainda. Para mim, todas são merecedoras de muito carinho e amor. Mas porque os pais nem sempre tratam bem os seus filhos?
Pare por um momento e observe os pais com seus filhos. Sempre faço isso e vejo cada cena de arrepiar. Certo dia em um shopping da cidade, vi um pai aos berros com uma menina de no máximo cinco anos. Ela queria continuar brincando e estava chorando contrariada por ter que ir embora; a mãe que segurava o braço da menina, quase a arrastava pelos corredores em direção ao elevador, o pai com o dedo em riste e com uma postura corporal que até eu ficaria amedrontada, tentava dar "lições" à filha de como ela deveria se comportar e ressaltava a sua desobediência e teimosa. Que irônico! A menina assustada colocou as mãos nos ouvidos para não ouvir as "doces" palavras vindas dos pais e recusava-se a entrar no elevador com os dois.

O que acontece então com os pais? Eles não amam os seus filhos? Ou não aprenderam a amar direito? Particularmente gosto de uma psicoterapeuta e escritora suíça chamada Alice Miller que escreve sobre abusos sofridos na infância. Sobre esse assunto, ela diz: "Qualquer pessoa que maltrata os filhos foi ela mesma gravemente traumatizada na infância... não há outro motivo para os maus-tratos às crianças senão a repressão das lembranças dos maus-tratos e da confusão sofrida pelo próprio agressor". Então, como um adulto maltratado na infância pode superar as experiências dolorosas e conseguir dar a seus filhos mais amor do que ele mesmo recebeu? Será que essas crianças, ao se tornarem adultas, estão fadadas a reproduzir um ciclo interminável de raiva, agressão e retaliação? Ou existem meios de se interromper esse ciclo e aprender maneiras empáticas e sensíveis de tratar bem os seus pequenos? A boa notícia é que embora os pais que ferem tenham sido eles mesmos feridos na infância, a perpetuação desse modelo não é inevitável. Algumas crianças que foram maltratadas crescem determinadas a dar a seus próprios filhos a infância que não tiveram.

Uma coisa é certa: apenas a vontade de cuidar bem de seus filhos não é suficiente. É preciso antes de tudo se cuidar; saber onde e quais são as suas feridas infantis. Após a tomada de consciência, o segundo passo nessa direção é o adulto aprender a se relacionar com os filhos de um modo diferente, que talvez ele raramente ou nunca tenha presenciado em sua própria infância. Aprender a tratar os filhos com dignidade e respeito é um aprendizado!

O Dr. Elliot Barker, Diretor da Sociedade Canadense para a Prevenção da Crueldade contra as Crianças, recomenda quatro medidas fundamentais para os futuros pais e mães criarem filhos emocionalmente saudáveis, independentemente de quão inadequada tenha sido a sua própria criação.

1) Um bom nascimento: se o pai e a mãe estiverem presentes ao nascimento e essa experiência for boa, é mais provável que os pais se apaixonem por seu bebê. O trabalho duro de cuidar do filho vai parecer bem mais leve, pois os pais estarão encantados com a maravilha que é o seu bebê. A paixão começa ou se renova aí!

2) Amamentar no peito por um período prolongado: A amamentação mantém apaixonada a mãe pelo filho. Amamentar durante meses ou anos contribui para que a relação entre eles sobreviva a tempos difíceis, que de outro modo poderiam causar separação e distanciamento emocional.

3) Períodos mínimos de separação e qualidade no modo de tratar a criança: De acordo com o pediatra William Sears, só os pais estão perfeitamente sintonizados com as necessidades da sua criança. Afastar-se em momentos difíceis priva a criança de seu apoio mais valioso e também priva você de uma oportunidade de fortalecer sua amizade. Os bebês aprendem a suportar suas necessidades insatisfeitas, mas ao custo de um rebaixamento da auto-estima e da capacidade de confiar.

4) Planejar o espaçamento de nascimento entre os filhos: cuidar bem de uma criança de menos de três anos exige de pais bem intencionados uma quantidade enorme de tempo e energia. Planejar o espaçamento entre os filhos é importante para os pais não se exaurirem tentando cumprir a tarefa dificílima de atender às necessidades emocionais de filhos com pouca diferença de idade.

Essas quatro medidas atingem profundamente toda a família. Não só estabelecem a capacidade de amor e confiança do filho como também ajudam os pais a curar as feridas da sua própria infância. Criando um forte vínculo de amor e confiança entre pais e filhos, essas medidas podem deter o ciclo de maus-tratos em uma geração.

Crianças cuidadas com amor, carinho e respeito crescem com a convicção profunda de que é errado ferir outro ser humano. É o desenvolvimento da empatia!

Viver em um ambiente de honestidade, respeito e afeição torna praticamente impossível qualquer pessoa vir a ter impulsos de judiar de alguém mais fraco, pois ela aprendeu desde muito cedo que é correto e bom proteger e ajudar todos os seres. Esse é um aprendizado que ficará gravado em sua mente e em seu corpo e valerá pelo resto de sua vida.

Infelizmente muitos pais ignoram essas quatro medidas fundamentais. Pais agressores, que nunca receberam eles mesmos amor e confiança incondicionais, podem ter dificuldade em encontrar um modo diferente de se relacionar com os próprios filhos. O quê se pode fazer por essas famílias? Muitos estudiosos e cuidadores que se empenham na causa infantil, acreditam que mudanças na legislação poderiam obrigar os pais a "resolver o seu passado" se a lei não permitisse mais que as crianças fossem usadas como bodes expiatórios. Na Escandinávia as leis protegem as crianças dos maus tratos, não só agressão física e abuso sexual, mas também surras e intimidação. Essas leis não implicam em penalidades; elas têm como objetivo despertar a consciência das pessoas para as necessidades e direitos legítimos das crianças.

É comprovado que o ciclo dos maus-tratos pode ser interrompido com o tratamento amoroso das crianças. Faço um pedido àqueles profissionais que atendem a famílias, aos pais e a todos que tenham acesso a crianças abusadas, que enfatizem as quatro medidas de empatia entre pais e filhos, pois enquanto não temos uma mudança na legislação brasileira em prol das crianças, é o mínimo que podemos fazer por elas.

Felizmente a capacidade de amar e confiar, uma vez incutida na criança, passa de geração em geração tão facilmente quanto passam a desconfiança e a crueldade. As feridas cicatrizam e não precisam ser reproduzidas, desde que não sejam ignoradas. É perfeitamente possível estar aberto para a mensagem que nossos filhos nos passam e que pode nos ajudar a nunca mais destruir a vida e sim protegê-la e permitir que ela floresça.

Abraços,
Lila

quinta-feira, 19 de março de 2009

Ser Mãe de Menino


Uma amiga, que está grávida de quatro meses, descobriu-se mãe de um menino quando pensava que seria mãe de sua segunda menina. Surpresa está se perguntando e me perguntou: como é ser mãe de um menino? Eu lhe respondi que é uma experiência maravilhosa. Ri quando ela me fez a sua segunda pergunta: mais maravilhosa que ser mãe de uma menina? Bem, aí eu não sei responder, pois não sou mãe de uma menina (pelo menos por enquanto), mas o que eu quero dizer é que ser mãe de um menino é diferente e pode ser tão gostoso quanto.

Essa amiga me inspirou para escrever sobre a arte, a beleza, a delicadeza e a responsabilidade de ser mãe de um garotinho. Sou mãe de um e simplesmente adoro. Nós brincamos juntos, saímos para passear, assistimos DVD, viajamos, vamos ao cinema, a parques, etc. Com os meninos podemos fazer muitas coisas legais!

O meu filho é um garoto muito sensível, com muita percepção de si e do outro, assim como da natureza. Comento isso não para elogiar publicamente o meu bambino, mas para exemplificar que sensibilidade, empatia e percepção são potenciais que precisamos ajudar a desenvolver em nossos filhos e nos meninos em especial, pois os nossos garotos sofrem com uma educação machista e eles precisam muito de amor, delicadeza e sensibilidade tanto quanto as nossas garotas.

É importante lembrar que num tempo não tão distante assim, nascer um menino era uma benção e uma menina uma falta de sorte. Ainda bem que as coisas mudaram um pouco no contexto cultural, mas, ainda hoje em alguns países meninas podem ser vendidas, abandonadas, etc. Você deve estar se perguntando por que estou falando sobre isso quando o tema é ser mãe de menino? Aí é que está a questão. Ser mãe de menino é, além de tudo, uma grande responsabilidade social, pois os meninos também estão sofrendo com esse formato de educação permeada pela insensibilidade e autoritarismo que damos a eles. Para termos um mundo melhor, precisamos criar e educar filhos mais felizes, saudáveis e sensíveis diante da dor do outro, para este último damos o nome de empatia (colocar-se no lugar do outro). Ensinar empatia é algo fundamental e indispensável na educação de nossos meninos.

Percebo nas mães a sensação de prazer em ser mãe de uma menina. Elas falam do companheirismo e da amizade que as filhas podem proporcionar e do receio em ser mãe de meninos pelo motivo contrário. Eu particularmente conheço muitos meninos companheiros e amigos de seus pais. Eles são assim se o educarmos para serem assim.

O que acontece é que a educação dos meninos está recheada de preconceitos e tabus*, pois muitos pais têm medo de educar seus filhos homens com delicadeza e sensibilidade por receio de se tornarem femininos, delicados ou sensíveis demais, como se homens não o pudessem ser.

Nos EUA foi feita uma pesquisa curiosa sobre como lidamos emocionalmente diferente com meninos e meninas. A pesquisa foi feita em uma maternidade e consistia em vestir os bebês meninos com roupa cor de rosa e os bebês meninas com roupa azul. As pessoas que visitavam os bebês pegavam as supostas meninas vestidas de cor de rosa, no colo e com muita delicadeza faziam voz macia, gesto delicado, diziam frases sensíveis para expressar carinho, etc. As pessoas que pegavam os supostos bebês meninos vestidos de azul no colo o faziam com menos delicadeza, pois eram meninos, a voz era mais grossa para expressar carinho, os gestos menos delicados e a sensibilidade menos expressa. No final de cada visita, era revelado aos visitantes o verdadeiro sexo dos bebês, o susto era grande e a mudança de comportamento em relação aos mesmos, visível. Essa pesquisa mostra como de fato as pessoas lidam, educam, pensam diferente em relação aos meninos e meninas.

Muitas mães querem ter uma menina para ir às compras, ao salão de beleza, as festas, para enfeitar com coisas legais no cabelo e corpo, etc. Os pais querem um menino para levar para o futebol, para a natação, oficina, etc. As meninas fazem coisas de menina com a mãe e os meninos fazem coisa de menino com o pai, com isso a família vai se fragmentando sutilmente e os valores ficam distorcidos em relação à educação, cultura e amor de pais. No futuro, quando se tornam adultos, a moça não terá muito que fazer, conversar com o pai e o rapaz não terá muito que fazer, conversar com a mãe, não por culpa deles, mas eles aprenderam que era assim: tudo fragmentado.

Existe algo que muitas vezes os pais esquecem: que os filhos existem não para atenderem as nossas necessidades, mas para se tornarem indivíduos saudáveis e cumprirem o objetivo que os trouxe à vida. Nós pais precisamos ajudá-los nisso. É a nossa missão! Existe uma frase que sempre digo em oração ao meu filho desde que ele estava em meu ventre “Que você meu filho se torne um homem Honesto, Justo e Bom”. Para mim, honestidade, justiça e bondade, são valores que precisam ser ensinados e valorizados em nossos filhos acima de qualquer outro.

Nós como pais, precisamos refletir sobre quais valores estamos repassando, ensinado aos nossos filhos, e acima de tudo se estamos tendo tempo de ensinar tais valores ou se estamos delegando essa importante e vital tarefa a alguém, pois muitas vezes preferimos ficar até tarde no escritório enquanto alguém ensina o dever de casa ao nosso filho, ou mesmo a tocar piano ou a jogar bola. Como bons e dedicados pais pagamos todas as contas, mas não educamos os nossos filhos. Com isso, perdemos fases preciosas da vida, nossa e deles, momentos valorosos onde podemos construir afeto, união, amor e desenvolver filhos saudáveis.

Na educação de meninos, observo muitos pais tendo uma postura que paira o descaso e chega à irresponsabilidade, permeada pelo seguinte argumento: “É um menino, precisa aprender desde cedo a se virar sozinho e a ser independente e forte, a ser homem. Deixa ele se virar!” Infelizmente é esse tipo de pensamento e educação que está deixando os nossos meninos perdidos, confusos e com conflito de identidade.

Imagine-se no lugar de um menino que em uma idade que precisa de educação, proteção e orientação, é deixado sozinho para aprender, que tipo de menino você se tornaria? Sensível para com a dor do outro? Bondoso? Justo? Provavelmente não, pois esses são valores que precisam ser ensinados por alguém. Quando estamos sós e perdidos, aprendemos com o que está ao nosso alcance, e valores morais não estão tão acessíveis assim no dia a dia.

Os meninos precisam de atenção tanto da mamãe quanto do papai, pois cada um vai passar um tipo de conhecimento ao filho homem. A mãe vai lhe ensinar sobre amor e segurança, acolhimento e sensibilidade. O pai vai lhe transmitir interesses por atividades, competências, habilidades, afabilidade, humor, equilíbrio, masculinidade (que é diferente de machismo). A vida dos meninos caminha melhor quando a mãe e o pai estão por perto educando-o. Quando um deles se ausenta de manifestar calor e afeto, principalmente nos primeiros anos de vida, para suportar a dor e o sofrimento, o menino “desliga” a sua parte mais terna e amorosa, tornando-se uma criança triste ou raivosa, por exemplo.

Um dia escutei de uma mãe desconhecida em uma praça pública, uma conversa que me pareceu absurda. Ela estava com um bebê de aproximadamente seis meses e disse à outra pessoa que não gostava de deixá-lo no colo por muito tempo que isso iria mimá-lo demais, que ela o deixava no berço a maior parte do tempo para ele ir se tornando independente dela. Penso que esta mãe não tinha a intenção de maltratar seu filho, apesar de está-lo fazendo, mas sim que era ignorante na arte de educar uma criança. Abraçar, beijar, cheirar, brincar, rir, criar afeto, vínculo, demonstrar amor nunca é demais, não mima, não estraga filho; o contrário sim!

Para termos filhos meninos ou meninas felizes e saudáveis, precisamos demonstrar carinho, afeto, amor, dizer o quanto eles são importantes. Vamos elogiar sua conquista por menor que pareça para nós, mas para eles, ela deve ter sido enorme. Vamos parabenizar pela nota conquistada, por mais que não tenha sido a desejada, e dizer: “na próxima vez você vai se esforçar mais e vai conseguir uma nota melhor, eu tenho certeza e acredito em você!” Vamos exigir menos e acreditar mais, incentivar mais, cuidar mais, estar mais por perto. Eles com certeza sentem a sua falta.

Ame, beije, abrace seus filhos não importa se eles têm cinco, dez ou quinze anos...

Um grande abraço a todos!
Lila

______________________________
Fonte Wikipédia:
*Preconceito é um
juízo preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos".
*Tabu é um assunto de que simplesmente não se fala por várias razões: porque é alvo de opiniões contraditórias, porque é um assunto que interfere com a sensibilidade das pessoas, etc. Também pode ser considerado como qualquer assunto inaceitável ou proibido em uma determinada
sociedade