Todos nós já vimos uma criança com raiva. Se você ainda não viu uma, espere até ter um filho... Elas não estão nem um pouco preocupadas em esconder esse sentimento. Quando estão iradas a fisionomia, postura corporal, o tom de voz e os gestos mudam. Aquele anjinho vira uma fera. O primeiro impulso delas é bater, chutar e gritar.
A raiva é importante e natural, mas não podemos permitir que nossos filhos saiam batendo em todo mundo que encontram pela frente em um acesso de raiva. Eles precisam saber diferenciar entre raiva e violência. Violência é a raiva que saiu errado.
Então como podemos ajudar os nossos filhos a estarem confortáveis com esse sentimento?
Costumo dizer que a raiva tem voz e uma razão. Estimule a criança a dizer em voz alta que está com raiva e por que. Ex: “Eu estou com raiva de você porque não me deixou brincar no computador!”. Entender a raiva e um treino e pode levar algum tempo, então tenha paciência e persistência.
Quando as crianças não conseguem dizer o motivo da raiva, você pode dar uma ajudinha. Ex: “Você acha que eu cheguei tarde demais do trabalho hoje? É por isso que está chateado?”
Escute a raiva de seus filhos. Entenda que eles não querem lhe desafiar e nem medir forças, querem apenas ser ouvidos, compreendidos.
Certo dia meu filho ficou muito bravo comigo porque eu não queria deixá-lo fazer algo que me parecia perigoso. Ele muito irritado gritou: “Vou embora dessa casa e não volto mais!” Penso que ele queria me dizer: “Estou com muita raiva de você, principalmente quando não me deixa fazer o que eu quero. Deve ter um lugar melhor para morar” (ou algo assim). Diante daquela fala percebi que precisávamos conversar e deixar algumas coisas esclarecidas. Abaixei-me na altura de seus olhos e lhe disse: “Se você for embora desta casa eu irei junto, pois você é muito importante para mim e vou sentir a sua falta”. Ele me abraçou e chorando disse: “Mas mamãe, você não me deixa brincar”. Conversamos sobre o que aconteceu e naquele momento tudo ficou bem. Mas, não pensem que a cena não se repetiu (Lembram que entender e expressar a raiva é um treino?). Houve outras situações onde ele ficou com raiva e não soube se expressar. Hoje em dia, ele já consegue dizer: “Estou com raiva por (tal motivo)”.
Certo dia meu filho ficou muito bravo comigo porque eu não queria deixá-lo fazer algo que me parecia perigoso. Ele muito irritado gritou: “Vou embora dessa casa e não volto mais!” Penso que ele queria me dizer: “Estou com muita raiva de você, principalmente quando não me deixa fazer o que eu quero. Deve ter um lugar melhor para morar” (ou algo assim). Diante daquela fala percebi que precisávamos conversar e deixar algumas coisas esclarecidas. Abaixei-me na altura de seus olhos e lhe disse: “Se você for embora desta casa eu irei junto, pois você é muito importante para mim e vou sentir a sua falta”. Ele me abraçou e chorando disse: “Mas mamãe, você não me deixa brincar”. Conversamos sobre o que aconteceu e naquele momento tudo ficou bem. Mas, não pensem que a cena não se repetiu (Lembram que entender e expressar a raiva é um treino?). Houve outras situações onde ele ficou com raiva e não soube se expressar. Hoje em dia, ele já consegue dizer: “Estou com raiva por (tal motivo)”.
Você é o melhor modelo a seguir para seus filhos, então seja bom nisso. Dê o exemplo! Filhos aprendem melhor sobre a raiva quando tem pais expressivos, muito mais do que com pais sempre contidos. As crianças precisam saber que seus pais são humanos. Quando você estiver com raiva, expresse isso a elas sem insultá-las ou maltratá-las, é claro. Diga as razões da sua raiva e use o tom de voz firme. Ex: “Estou brava com você porque não cumpriu o nosso acordo”. Expressar as nossas emoções de maneira saudável vai nos ajudar a educar os nossos filhos com respeito, empatia e amor.
Abraços,
Lila
Muito bom ler o seu texto. Observar carinhosamente o outro é algo que precisamos realmente fazer. Agora fiquei pensando que a educação sentimental é tão importante para crianças, como para adolescentes, adultos e, principalmente, nós mesmos. Muito bom exercício, Lila! Beijos.
ResponderExcluirNossa, Lila... Agora doeu. Ando vivendo situações semelhantes à que você descreveu. Fiquei com os olhos cheios d'água só de lembrar. Como é difícil!
ResponderExcluirObrigada pela sugestão, vou praticar e depois conto o resultado.
Bjs,
Michelle