quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O que os filhos realmente querem?

abraço
Eles pedem para a gente um monte de coisas, não? Iphone, iphod, roupas, sapatos, brinquedos e muito mais. Mas o que eles de fato querem é mais barato que videogame e mais saudável que sorvete. O que será?
 
Uma descoberta
 
Antes de tudo quero contar uma história sobre um médico que em 1945, durante o término da segunda guerra mundial ficou responsável por pesquisar a melhor maneira de cuidar das crianças órfãs da guerra. Ele viajou toda a Europa e visitou muitos tipos de lugares que cuidavam dessas crianças para ver qual obtinha maior sucesso nesse trabalho. Ele viu muitas situações extremas. Em alguns lugares ele viu campos hospitalares montados e os bebês colocados em berços de aço limpos e enfermarias higienizadas, sendo alimentados em horários regulares por enfermeiras uniformizadas. Em outro local mais afastado, ele viu um caminhão chegando com quase cinquenta bebês órfãos sendo deixados para os moradores da vila criarem. O médico suíço tinha uma maneira simples de comparar as diferentes formas de cuidado. Ele não tinha tempo de pesar, medir ou checar a coordenação motora deles, ele usava uma simples estatística: a taxa de mortalidade. Com as epidemias se alastrando na Europa naquela época, muitas pessoas e crianças estavam morrendo; porém as crianças da vila estavam se desenvolvendo melhor do que as dos hospitais.
 
A ciência comprovando o amor
 
O médico descobriu algo que há muito tempo as mães mais experientes já sabiam: as crianças precisam de amor para viver. As crianças dos hospitais tinham tudo menos afeto e estímulos, já as da vila tinham abraços, alegria, pessoas por perto, coisas para aprender e ver.
Naquela época os cientistas afirmaram pela primeira vez algo que hoje sabemos ser fundamental na vida de nossos filhos: “As crianças precisam de contato humano e afeto, e não apenas alimentos e higiene. Se não receberem esses ingredientes humanos, podem facilmente morrer.”
 
Além do contato físico
 
Os bebês adoram ser tocados e receber carinho, as crianças maiores passam a ser mais seletivas e os adolescentes começam a panfletar que não gostam, mas lá no fundo é só o que querem. Os adultos adoram, mas escolhem para quem dar e de quem receber. A verdade é que todo mundo gosta e precisa de afeto. O afeto tem muitas nuances, é uma delas é expressa por palavras. Quando dizemos eu "te amo" ou "você é especial" ou qualquer outra frase amorosa, estamos demonstrando nosso afeto num nível muito profundo.  Dar e receber afeto é importante pois todos nós precisamos ser reconhecidos, queridos, cuidados e amados.
 
Quem não gosta de receber um elogio sincero? Quem não gosta de ouvir palavras amigáveis e gentis? Quem não gosta de ter suas ideias ou opiniões ouvidas? As palavras podem construir ou destruir pessoas, então é necessário tomar cuidado com o que sai da nossa boca.
 
É importante que cuidemos das nossas crianças dando alimento, casa, educação e entretenimento, mas se só fizermos isso, elas vão sentir falta de alguma coisa. Elas tem necessidades psicológicas essenciais como: conversas, elogios, afeto, carinho e contato físico (abraços e beijos). Se isso for dado espontaneamente, com amor e cotidianamente, certamente teremos crianças mais saudáveis e felizes.

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