segunda-feira, 22 de março de 2010

Esclarecendo o TOC - Transtorno Obssessivo Compulsivo

Você já deve ter assistido ao Filme "Melhor Impossível" , onde o personagem principal é um simpático/antipático e ranzinza, que mesmo com todas as suas “manias” conquistou o público. Melvin, um escritor de meia-idade que lavava as mãos obcecadamente, levava seus próprios talheres ao restaurante e não se sentia confortável ao pisar nas calçadas multicoloridas da cidade. Ele sofria de TOC -Transtorno Obsessivo-Compulsivo. O filme ajudou a tornar mais conhecida pela maioria das pessoas, essa síndrome que hoje se apresenta de maneira mais comum do que se imagina em adultos, adolescentes e crianças.

Sobre o TOC: É uma doença caracterizada pela presença de obsessões e compulsões que se apresentam de forma repetitiva, causando sofrimento à pessoa portadora. As obsessões se referem a pensamentos e idéias de conteúdo negativo (morte, azar, etc.) que se repetem, originando sofrimento e angústia sem que algo na realidade externa as explique. As compulsões são comportamentos repetitivos e estereotipados que funcionam como resposta às obsessões e servem para aliviá-las (afastar o azar, evitar um acontecimento ruim). Esses pensamentos de caráter negativo invadem a mente da pessoa sem que ela tenha controle sobre eles. Para neutralizá-los, é necessário realizar uma série de rituais, como lavar as mãos, organizar objetos, contar em voz baixa, etc., na tentativa de evitar que se tornem realidade. Assim, o dia-a-dia de quem sofre desse transtorno passa a ser regulado em função dos rituais, consumindo tempo, energia e resultando em grande sofrimento e angústia.

É muito importante não confundir o TOC com algumas características de personalidade presentes em muitos de nós, como organização e perfeccionismo. Para que esse transtorno seja diagnosticado, esses elementos devem estar presentes em um nível muito elevado, prejudicando as relações sociais, o trabalho e o cotidiano de maneira geral.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), para que uma pessoa receba o diagnóstico de estar sofrendo de transtorno obsessivo-compulsivo, ela deve apresentar:
- Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que, em algum momento, são experimentados como intrusivos e inadequados, causando ansiedade ou sofrimento, não sendo meras preocupações excessivas com problemas da vida real.

Em algum ponto durante o curso do transtorno, a pessoa reconhece que as obsessões ou compulsões são excessivas ou irracionais (esse item não é valido para o diagnóstico em crianças).

As obsessões ou compulsões causam acentuado sofrimento, consomem tempo (tomam mais de 1 hora por dia) ou interferem significativamente na rotina, funcionamento ocupacional (ou acadêmico), atividades ou relacionamentos sociais habituais do indivíduo.

O transtorno obsessivo-compulsivo pode ser vivenciado também por crianças. Nesse caso, pais e professores devem prestar atenção a sinais específicos, como medo persistente de doenças; contar e recontar buscando a exatidão; demora em realizar as tarefas escolares por causa da necessidade de apagar constantemente os exercícios já feitos; inflexibilidade e rigidez nas brincadeiras; e ritual diário de higiene repetitivo e exagerado.

É importante que pais e educadores aprendam a identificar esses sintomas e sinais, já que as crianças nem sempre costumam verbalizar seus sentimentos. Deve-se estar atento à conduta de crianças e adolescentes e, frente a dúvidas, buscar o apoio de profissionais especializados.

A realização de um diagnóstico adequado é imprescindível em qualquer idade, uma vez que este transtorno pode estar associado a outras doenças, como depressão, ansiedade e problemas alimentares, que devem ser tratados em conjunto. O tratamento ocorre geralmente mediante a associação de terapia e novas medicações, e seus resultados vêm sendo positivos, principalmente em relação à notável diminuição dos sintomas.
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Fonte e Sugestão de Leitura:
SILVA, Ana Beatriz. Mentes e Manias. São Paulo, Gente: 2004.
CORDIOLI, Aristides. Vencendo o Transtorno Obsessivo-Compulsivo. São Paulo, Artmed: 2003

4 comentários:

  1. TENHO TOC E NAO CONSIGO ME CURAR É UMA DOENÇA QUE ESTA ME MATANDO AOS POUCOS

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  2. Obrigada por deixar o seu depoimento.
    Hoje em dia existe muita medicação eficaz no tratamento do TOC. Não sei se você já é acompanhado por algum médico, mas caso não seja, tente aliar o tratamento medicamentoso ao psicoterápico. Caso você queira informar a cidade onde reside, posso lhe indicar bons médicos, pois conheço alguns em algumas cidades.
    Não desista de se tratar e acredite, é possível melhoras consideráveis nos sintomas do TOC.
    Abraços,
    Lila

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  3. gente preciso de ajuda minha irma tem essa doença alguem conhece algum medico bom em joinville sc,ou em santa catarina,pois minha irma esta no ultimo estagio,so quer asber de morrer,ate,abraços,se tiver entre encotato comigo no email giovanemarcos85@gmail.com

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