sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Amigos Imaginários

Quadrinhos: bichos de pelúcia, como o tigre Haroldo, companheiro de Calvin, ganham vida e personalidade.

Os seus filhos já “criaram” um amigo imaginário? Aquele com o qual eles brincam, falam e convivem diariamente como se fosse real? Caso a sua resposta seja sim, saiba que você não é o único a ter essa experiência, pois uma em cada três crianças nutre temporariamente uma relação existente apenas na fantasia – o que não é motivo para preocupação.

Pais podem respirar aliviados, pois todos os estudos sobre esse fenômeno chegam ao mesmo resultado: não há motivo para preocupações! Os amiguinhos imaginários até estimulam o desenvolvimento das crianças, podem suprir eventuais lacunas afetivas e ajudam na elaboração de questões psíquicas.

Idade em que surgem os amigos
 Esse comportamento geralmente surge a partir do terceiro ano de vida de uma criança, quando já é possível diferenciar entre o “eu” do “outro”. Observem que o amigo inventado quase sempre tem um nome, é de um sexo determinado e tem aparência bem definida, com traços de personalidade específicos, que podem sofrer alterações com o decorrer do tempo e avanço na idade da criança.

Finalidade dos Amigos
Companheiros imaginários podem ter funções variadas. Algumas crianças e jovens iniciam essa amizade quando se sentem sozinhos.

Para os mais novos, o amigo “de mentirinha” é quase sempre um companheiro de brincadeiras que pode estar  “presente”  também à mesa na hora das refeições, pode ser chamado pelo nome, e pode até acompanhar a criança durante todo o dia.

Fato Interessante
Alguns pesquisadores afirmam que praticamente todos nós temos um parceiro imaginário em um determinado estágio do desenvolvimento – porém, ele quase nunca é descoberto pelos adultos e a própria pessoa normalmente não se lembra disso anos mais tarde.

Devo me preocupar com isso?
Não raro, pais, professores e terapeutas incomodam-se não apenas com o fato de as amizades imaginárias serem mantidas por um longo tempo, às vezes por anos, mas também com a nitidez com que as crianças parecem ver seus amiguinhos. Mas os pequenos sabem muito bem que seus parceiros não são reais e que só existem em sua imaginação.

Essas criações psíquicas podem ser claramente diferenciadas de fantasias patológicas, que ocorrem, por exemplo, nas psicoses. A criança nunca se sente indefensavelmente dominada pelo amigo que criou – pelo contrário, ela pode modelar, modificar e manipular sua invenção como quiser. E também determinar a duração desse “relacionamento”. Com isso, ter um amigo imaginário passa a ser uma criação saudável que ajuda a criança e adolescente a desenvolver de maneira positiva as suas emoções.

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